Osmar Antonio Ferraz (1944-2015)
O professor mais querido do Bandeirantes
A paixão de Osmar Antonio Ferraz pela educação salta aos olhos quando se conhece um pouco melhor a vida desse paulistano. Professor durante 40 anos do colégio Bandeirantes, um dos mais tradicionais de São Paulo, Osmar não deixou nem que a esclerose múltipla, doença com a qual conviveu por cerca de 35 anos, o impedisse de seguir educando.
Ainda nos tempos da faculdade de química na USP, começou a trabalhar em cursinhos como professor auxiliar. Nessa época, com pouco mais de 20 anos, criou macetes para ajudar os alunos a vencer a ordem das colunas da tabela periódica. "Hoje li na cama Robinson Crusoé em francês" --em referência à coluna 1A, com os elementos H, Li, Na, K, Rb, Cs e Fr-- é um exemplo, conta a filha mais nova, Adriana. "Eu brincava falando que ele tinha que patentear", diz.
Além do Band, foi professor e diretor do colégio Jabaquara. Conciliou os dois o máximo que pôde, mas acabou permanecendo apenas no primeiro, onde também foi coordenador da área de química e de vestibulares. Não raro, ficava em primeiro lugar na lista dos professores preferidos pelos alunos do Band.
Corintiano fanático, orgulhava-se de ter sido gandula em alguns jogos do Timão. Só lamentava que a época em que mais foi ao estádio era justo quando Pelé, no Santos, derrotava o Corinthians.
Morreu no dia 8, aos 70 anos, de complicações decorrentes da esclerose múltipla. Deixa a mulher, três filhas e quatro netos. A missa do sétimo dia será rezada no sábado (16), às 17h, na capela São Judas, Planalto Paulista.
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