Falta de água atrapalha rotina de colégios
A crise hídrica vem afetando a rotina de escolas particulares da capital paulista. Dispensa de alunos, mudança do horário de tarefas diárias e uso de baldes nos banheiros são alguns dos problemas enfrentados pelos colégios.
O Instituto Lorrê, na Mooca (zona leste), teve de cancelar as aulas do turno da tarde nesta quarta (20). Com isso, cerca de cem alunos voltaram para casa sem estudar --a instituição atende cerca de 160 estudantes. De acordo com a direção da escola, o abastecimento foi cortado às 13h30 de terça (19) e restabelecido por volta das 16h de quarta.
Segundo a direção, a água é cortada todos os dias às 15h. A escola possui duas caixas-d'água de 500 litros.
"A blusa tem que ser a mesma todos os dias, porque não dá para lavar", disse a autônoma Maroa Schaaf, 35, mãe de uma aluna de três anos.
No colégio Porto União, no Butantã (zona oeste), o abastecimento é cortado das 8h às 10h e após às 17h, segundo funcionários. É preciso usar baldes para dar a descarga nos banheiros. Os alunos não usam mais esses banheiros.
A escola Vital Brazil, no mesmo bairro, chamou caminhões-pipa em dois dias. A direção não quis dar detalhes sobre a contratação do serviço. Em média, empresas cobram de R$ 400 a R$ 500 por 10 mil litros de água.
A Sabesp informou que o corte no abastecimento do Instituto Lorrê ocorreu devido à manutenção em uma válvula do reservatório da Vila Mariana, que afetou os bairros da Mooca e Vila Alpina.
Sobre a falta de água nas escolas do Butantã, a empresa disse que não registrou reclamações referentes a desabastecimento nos endereços citados. A companhia alega que os bairros estão em área afetada pela redução de pressão. Porém, a falta de água relatada vai além dos horários divulgados no site da Sabesp em que ocorre a redução.