Luis Floriano Amaral Melo Poyares (1960-2015)
Foia, o simpático corintiano que 'virou' gaúcho
"Foia Amarela." Para o pequeno Luis Floriano Amaral Melo Poyares, este era o seu nome. A dificuldade de pronunciá-lo corretamente quando criança lhe rendeu o apelido que levou para a vida: Foia.
Em São Paulo, onde nasceu, ia de avental para a escola montessoriana, voltada à vida prática, da avenida Nazaré, no Ipiranga, zona sul.
Desde os 14 anos, sempre trabalhou, fazendo serviços de office boy nas férias. Gastava o dinheiro nas calças boca de sino que usava para sair com amigos e escutar músicas de artistas da Jovem Guarda.
Na Universidade Metodista de São Paulo, graduou-se em comércio exterior. Ainda na faculdade, começou a trabalhar na mesma empresa de autopeças que seu pai.
Durante uma temporada de férias em Florianópolis, conheceu um grupo de gaúchos e ficou convencido de que Porto Alegre poderia ser seu próximo endereço.
Há 25 anos, mudou-se para a capital rio-grandense-do-sul. A tranquilidade da cidade o fisgou, e sempre reclamava quando tinha de permanecer por muito tempo em SP.
O time do coração, porém, era paulistano: o Corinthians, pelo qual torcia com outros paulistas "refugiados" no sul.
Foi casado por 15 anos com Míriam, de quem ganhou três filhas. O matrimônio acabou, mas a amizade ficou. Era considerado carinhoso, simpático e de enorme coração por quem o conhecia
Insatisfeito com o peso, decidiu fazer uma cirurgia de redução de estômago em abril. Desde então, ficou no hospital. Morreu no dia 20, aos 55 anos, após parada cardiorrespiratória. Deixa a mãe, dois irmãos, três filhas e dois netos.
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