Homicídios continuam a cair no Estado
Pela sexta vez no ano, a taxa bateu recorde como a menor da série histórica; foram 9,25 casos por 100 mil habitantes
Assassinatos caíram 17,5% no Estado e 19,8% na capital no mês de julho em relação a igual período de 2014
O Estado de São Paulo registrou em julho, pela sexta vez no ano, a menor taxa de homicídios intencionais da série histórica do governo estadual, que adota a mesma metodologia desde 2001.
O indicador ficou em 9,25 casos por cem mil habitantes, segundo cálculo da Secretaria da Segurança Pública.
Na divulgação dos dados, a pasta destacou que o indicador "está abaixo do limite considerado endêmico pela OMS (Organização Mundial da Saúde)". A entidade, porém, afirma que não realiza esse tipo de classificação.
O cálculo da secretaria leva em conta os casos de homicídio, e não as vítimas –há diferença entre o número de casos e o de vítimas porque cada caso registrado pode ter mais de um morto, como em chacinas, por exemplo.
Especialistas dizem que o método mais usado internacionalmente considera dados de vítimas e inclui mortos em latrocínios e em confronto com a polícia –feita desse modo, a taxa seria de 11,4.
No país como um todo, o mesmo cálculo, feito com os dados mais recentes (de 2013), resulta em taxa de 27,4.
NÚMEROS
No mês passado, os casos de homicídio no Estado ficaram em 274, contra os 332 registrados em julho de 2014 –uma queda de 17,5%.
Na capital paulista, a queda foi de 19,8% –os casos passaram de 86 para 69, o menor valor mensal da série histórica do governo.
Já nos municípios da Grande São Paulo, a redução dos homicídios em julho foi de 16,9% ""de 83 para 69 casos.
Não está incluída nesse número a série de 24 mortes deste mês em Osasco e Barueri.
Os casos de estupro no Estado tiveram redução de 2,8% em julho (de 755 para 734) e de 10,4% no acumulado do ano (de 5.878 para 5.266).
Na divulgação das estatísticas, a secretaria destacou a queda de 19,5% no roubo de carga no Estado, dado antecipado na segunda-feira (24).
Foi a segunda vez seguida que o governo Geraldo Alckmin (PSDB), em pré-campanha para a disputa presidencial de 2018, dividiu e antecipou a divulgação de dados criminais favoráveis.
Antes, a prática adotada pela gestão era informar todos os dados de uma só vez.
-