Outro lado
Ministério nega e diz que cálculo deve ser anual
O Ministério da Saúde afirma não ser possível apontar uma queda nos investimentos da pasta porque é preciso levar em conta que a execução do Orçamento do governo federal é anual.
"A análise da reportagem induz o leitor ao erro. (...) Para que esta afirmação seja feita, é preciso aguardar o fim do ano orçamentário", informa nota enviada pela assessoria de imprensa do ministro Arthur Chioro.
O ministério destacou que o desembolso dos recursos depende da aprovação do Orçamento pelo Congresso Nacional, o que só ocorreu neste ano em abril.
A nota afirma ainda que os gastos da pasta também dependem da complexidade dos projetos financiados, "que devem ser aprovados tecnicamente e acompanhados na sua execução".
O ministério informou que o corte afetou principalmente "despesas discricionárias, que são, basicamente, despesas administrativas, de custeio e novos convênios".
CORTE
Em maio, o governo federal anunciou corte de R$ 11,77 bilhões no orçamento da Saúde. Em julho, houve um bloqueio extra, de R$ 1,18 bilhão.
A pasta diz, no entanto, que o montante destinado para investimentos neste ano é R$ 2 bilhões acima do valor previsto no ano passado.