Claudio Segreto (1922-2015)
Era um verdadeiro contador de histórias
Não importa se eram sobre o tempo em que trabalhou no cinema da família ou sobre sua paixão por carros, as lembranças contadas por Claudio Segreto sempre fascinavam amigos e parentes. "Era um verdadeiro contador de histórias", diz o filho Luiz.
Uma das passagens sempre lembradas era sobre as pessoas que acabaram molhadas durante uma sessão de cinema no Universo Palace porque ele não percebeu a chuva e acabou deixando o teto retrátil aberto. Mesmo pequeno, esse era o trabalho dele no cinema da família.
Com o passar do tempo, muitas das histórias acabaram se tornando repetidas, mas a empolgação de Claudio ao contá-las continuava como se fosse a primeira vez.
"Era tão alegre, cativante, que os sobrinhos queriam ser seus filhos, achavam que ele era o melhor pai do mundo", lembra Luiz.
Descendente de italianos, Claudio chegou a morar no país europeu por alguns anos durante a juventude, mas viveu a maior parte da vida na capital paulista, onde conheceu seu grande amor, Lila.
Os dois se casaram em 1947 e ficaram juntos até a morte dela, em 2008. Mesmo depois disso ela continuou presente. Com uma foto dela ao lado da cama, Claudio eventualmente falava com ela, como se estivesse ao seu lado.
Sempre próximo da família, manteve até o fim a tradição de reunir filhos e sobrinhos em casa às terças-feiras para o almoço e mais histórias de sua vida.
Morreu no dia 8, aos 93 anos, em decorrência de um AVC. Deixa três filhos e quatro netos, além de vários sobrinhos.