Acusada de fraude no ISS tem R$ 2,7 mi bloqueados
Ex-servidora é suspeita de integrar máfia em SP
A Justiça de São Paulo bloqueou na segunda-feira (28) R$ 2,7 milhões da ex-funcionária pública Paula Sayuri Nagamati. Ela é acusada de integrar a máfia do ISS, que, segundo a prefeitura, desviou cerca de R$ 500 milhões dos cofres públicos.
O pedido de bloqueio foi feito pela prefeitura. Paula era chefe de gabinete do então secretário de Finanças Mauro Ricardo e foi exonerada em novembro de 2013.
Investigações da Controladoria-Geral do Município revelaram indícios de corrupção e incompatibilidade entre os bens adquiridos e os ganhos como servidora.
Segundo a prefeitura, sete auditores fiscais acusados de integrar a máfia do ISS foram exonerados nos últimos dois anos e R$ 34 milhões já foram devolvidos ao município.
A quadrilha, descoberta em 2013, cobrava propina para diminuir o valor de alguns tributos de obras na capital paulista. Mais de 400 empreendimentos foram beneficiados pelo esquema, segundo a controladoria.
Em depoimento ao Ministério Público em 2013, a ex-servidora classificou a sua participação no esquema como sendo um dos funcionários "honestos com caixinha", ou seja, que recebiam repasses da quadrilha para dar vazão ao trabalho.
A Promotoria investiga se os operadores da máfia do ISS também estão envolvidos em outras extorsões.