Empresária entra por engano em favela do RJ e morre baleada
Guiado por aplicativo de trânsito, casal acabou em área dominada por traficantes em Niterói e foi recebido a tiros
Carro foi atingido ao menos seis vezes; local é o mesmo em que atriz da Globo teve veículo alvejado em agosto
A empresária Regina Múrmura, 70, morreu baleada na noite de sábado (3), na favela do Caramujo, em Niterói, região metropolitana do Rio.
Ela e o marido, Francisco, 69, seguiam para uma festa em Niterói. Eles se guiavam por informações do aplicativo Waze e acabaram entrando na comunidade.
O casal registrou no aplicativo o endereço errado. O local da festa era a avenida Quintino Bocaiúva, mas o aparelho indicou a rua Quintino Bocaiúva, na favela.
Segundo o depoimento de Francisco à polícia, o casal foi recebido a tiros. Ele diz que desceu do carro para falar com os criminosos, que lhe deram coronhadas e o liberaram.
Ao sair da favela, o carro foi novamente alvejado e Regina, baleada. O veículo foi atingido por mais de seis tiros.
Antes do velório da mulher, Francisco disse considerar um milagre não ter morrido. Regina e Francisco eram casados desde 1967. Os dois são sócios de uma agência de viagens. Francisco também era juiz arbitral.
O corpo da empresária foi sepultado neste domingo (4).
A polícia suspeita que traficantes da facção Comando Vermelho sejam responsáveis pelo crime.
ATRIZ
Em agosto deste ano, a atriz da TV Globo Fabiana Karla teve o carro atingido por tiros ao entrar por engano na mesma comunidade, também orientada pelo GPS.