Ao falar da crise da água em SP, Dilma alfineta tucanos
Pela primeira vez nestas eleições, a presidente Dilma Rousseff levou para um debate entre presidenciáveis a crise de abastecimento de água que ameaça São Paulo.
Ao explicar ao rival Aécio Neves o efeito que a seca teve sobre a inflação, a candidata petista aproveitou para alfinetar os tucanos pelos problemas de distribuição de água na capital paulista e em outras regiões do Estado, comandado pelo PSDB.
Segundo Dilma, a mesma seca que provocou o avanço dos preços da energia e de alimentos no país é a que está colocando São Paulo "numa situação insustentável".
Para Dilma, o aumento dos preços provocado pela falta de chuvas é "passageiro". "O que não é passageiro, candidato? Quando o senhor não planeja, o senhor não investe, você condena uma cidade do porte de São Paulo à mais terrível falta de água".
Presente na plateia, o governador Geraldo Alckmin, reeleito no primeiro turno das eleições, não expressou reação quando o assunto foi levantado pela presidente.
Na quarta-feira (15), a Folha mostrou que casos de falta de água já atingem ao menos 24 bairros da capital, em todas as regiões da cidade.
A Agência Nacional de Águas afirmou que a Sabesp descumpriu o limite de retirada de água autorizado na Cantareira, avançando sobre o "volume morto" das represas que compõem o sistema.
Alckmin negou que tenha descumprido as regras e acusou o órgão federal de recorrer a "tecnicismo" para acusar o governo paulista de descumprir o limite de retirada de água do sistema que abastece a Grande São Paulo.