PSDB quer ouvir ministro sobre acusação contra Gleisi
Requerimento pede que Paulo Bernardo fale sobre suposto repasse de R$ 1 mi para a campanha de sua mulher em 2010
O PSDB entrou nesta terça-feira (21) com requerimento pedindo que o ministro Paulo Bernardo (Comunicações) preste esclarecimentos à CPI da Petrobras no Congresso sobre a acusação de que um esquema de corrupção na estatal repassou R$ 1 milhão para a campanha de sua mulher, Gleisi Hoffmann (PT-PR), ao Senado em 2010.
Assinado pelo deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), o requerimento solicita que Paulo Bernardo seja convidado a falar na comissão. Ao contrário das convocações, o ministro não é obrigado a comparecer ao Congresso. O documento ainda precisa ser aprovado no plenário da CPI.
O tucano diz que "é necessária à vinda de Paulo Bernardo" porque o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa teria afirmado ao Ministério Público Federal que o repasse milionário à campanha petista "se comprova" com o registro na sua agenda pessoal.
O PSDB também pediu que Gleisi preste depoimento à CPMI. Eleita para o Senado em 2010, a petista licenciou-se para assumir o cargo de ministra da Casa Civil no início do governo Dilma. Nas eleições deste ano, Gleisi concorreu ao governo do Paraná e terminou em terceiro lugar.
Segundo o jornal "O Estado de S. Paulo", Costa disse que a campanha de Gleisi recebeu ajuda a pedido do doleiro Alberto Youssef, apontado como operador de um esquema que teria desviado recursos da Petrobras.
A senadora afirmou, por meio de sua assessoria, que não conhece Alberto Youssef nem Paulo Roberto Costa, e que todas as doações para sua campanha estão na prestação entregue à Justiça.
Paulo Bernardo afirmou que não conhece Youssef. "Chance zero de Youssef pedir para fazer uma doação para Gleisi", disse. "Ele não a conhece e não me conhece. A troco de quê vai fazer isso?" Nesta quarta, a CPI deve ouvir o depoimento do diretor de Abastecimento da estatal, José Cosenza.