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O
ESTILO NOVA ERA
NA LITERATURA
Nos anos 60, a redescoberta de "O Lobo da Estepe" (1927), de
Herman Hesse, e a valorização da literatura beatnik criaram
o filão dos relatos de aventuras pessoais em busca de autoconhecimento
e desenvolvimento espiritual, mas os críticos apontam que a literatura
new age começou com "Fernão Capelo Gaivota", de
Richard Bach, em 1970.
A curta novela sobre os dilemas existenciais de uma gaivota atingiu leitores
de várias idades e preparou terreno para que muita literatura oriental
fosse lançada na América e na Europa. "Entre os Monges
do Tibete", de Lobsang Rampa, "Zen e a Arte da Manutenção
de Motocicletas", de Robert M. Pirsig, e toda a obra de Carlos Castañeda
trocaram o gueto das livrarias hippies pelas listas de best seller.
Na última década, a literatura esotérica e de auto-ajuda
tomou uma fatia de 29% dos livros vendidos nos EUA. "A Profecia Celestina",
de James Redfield, que narra o crescimento espiritual de um intelectual
que viaja por montanhas do Peru, vendeu 18 milhões de exemplares
desde 1997.
O brasileiro Paulo Coelho (foto) virou best seller internacional e figura-chave
na literatura da Nova Era. Com 27 milhões de livros vendidos, Coelho
reúne histórias de várias religiões, com narrativas
de desenvolvimento espiritual, e as reconta em romances e coletâneas
de textos curtos. "O Alquimista", seu livro mais famoso, liderou
listas de mais vendidos em mais de 50 países e ganhou notoriedade
ainda maior quando o presidente americano Bill Clinton foi fotografado
na Casa Branca lendo um exemplar da obra. Coelho é o único
estrangeiro até hoje a ter três obras simultaneamente na
lista dos dez livros mais vendidos na França.
NA MÚSICA
A new age music é uma evolução da música ambiente,
desenvolvida nos anos 60 e 70, misturada a elementos sonoros de países
de língua não-inglesa -rotulados como world music.
Inicialmente, o gênero era dominado por discos de sons emitidos
por baleias, barulho de cachoeira e vento entre as folhas, mas instrumentistas
talentosos aderiram, como o harpista Andreas Vollenweider e o guitarrista
Michael Hedges.
A musa da turma é a cantora irlandesa Enya (foto), que já
vendeu mais de 20 milhões de álbuns. O gênero foi
ratificado pela indústria com a instituição, a partir
de 1986, de uma categoria própria no Grammy, o Oscar da música.
NO CINEMA
A adaptação para a tela de "Fernão Capelo Gaivota",
dirigida por Hall Bartlett em 1973, é o inegável ponto de
partida do cinema new age.
Mas quem ditou as regras do gênero foi Godfrey Reggio, com seus
documentários "Koyaanisqatsi" (83) e "Powaqqatsi"
(88). A edição frenética de imagens de vários
cantos do planeta, com a música ambiente de Philip Glass no fundo,
é ainda a melhor tentativa de fazer uma representação
cinematográfica da globalização, copiada em "Baraka"
(92), de Ron Fricke. Do mesmo ano é "Atlantis", de Luc
Besson, com imagens fantásticas do fundo do mar.
O primeiro filme comercial de Hollywood a assumir estética da Nova
Era foi o recente "Amor Além da Vida", do neozelandês
Vincent Ward, sucesso de bilheteria no qual Robin Williams (foto) conhece
ceú, inferno e a reencarnação.
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