São Paulo supera clima hostil e, mesmo com derrota, vai à semi
SUL-AMERICANA
Time perde para o Emelec por 3 a 2 em jogo de viradas
Não bastasse o clima hostil criado pelo Emelec, em Guayaquil, o São Paulo teve de superar as próprias deficiências para avançar à semifinal da Copa Sul-Americana.
O time tricolor perdeu para o rival por 3 a 2, mas ficou com a vaga graças à vitória de 4 a 2 em São Paulo, no primeiro jogo, na última quinta.
Os problemas começaram logo que a bola rolou em Guayaquil. Aos 18 segundos, o São Paulo sofreu um gol.
Chegou a virar no primeiro tempo, mas nem sequer aproveitou sua vantagem.
Aos 8 min do segundo tempo já perdia por 3 a 2, após dois gols de pênaltis do rival --o primeiro em falta de Paulo Miranda em Mondaini e o outro em toque de mão na bola de Alvaro Pereira.
O primeiro jogo semifinal está previsto para o dia 19. O rival será Atlético Nacional, da Colômbia, ou Universidad César Vallejo, do Peru, cujo duelo não havia terminado até a conclusão desta edição.
SUPERAÇÃO
O São Paulo iniciou o duelo irritado com o tratamento que recebeu dos equatorianos. Na véspera, foi impedido de treinar com bola no reconhecimento do estádio.
Os jogadores e o técnico Muricy Ramalho chegaram a falar em "clima de guerra" e até em deixar o Equador.
A delegação tricolor também sentiu a viagem de quase 16h até o país. O cansaço ficou mais evidente no segundo tempo do duelo.
Além disso, a pressão do Emelec e da torcida adversária pareciam sufocar o time dentro em campo.
Mas o São Paulo teve momentos de bom futebol, especialmente quando deteve a posse de bola. Foi assim no gol marcado por Alan Kardec, após lançamento de Michel Bastos e desvio de Paulo Miranda. E também no gol marcado por Ganso que contou com a participação de Michel Bastos, Souza e Kaká.
"[A classificação] é resultado da luta de todos. A viagem foi complicada e o time vem de jogos em sequência. O torcedor não fica feliz com o resultado, mas com a nossa entrega", resumiu o goleiro Rogério Ceni.