Brasileiros que venceram em BH podem surpreender
SÃO SILVESTRE
Giovani e Joziane já bateram quenianos no início deste mês
Eles já venceram atletas quenianos na Volta da Pampulha, no início deste mês em Belo Horizonte. Agora sonham repetir a dose na mais importante corrida de rua do Brasil, a São Silvestre, que neste ano chega à 90ª edição.
"As africanas são grandes atletas, mas não são invencíveis. Basta acreditar e ter foco nos treinamentos", afirma a paranaense Joziane Cardoso, que fechou a prova de 18 km em Minas em 1h02min42, com uma vantagem de oito segundos sobre a queniana Jane Seurey, que a perseguia.
Seu triunfo quebrou uma série de sete anos seguidos com vitórias de africanas na prova --todas quenianas.
O mineiro Giovani dos Santos, tricampeão da Pampulha --chegou este ano logo à frente de dois tanzanianos-- e brasileiro mais bem colocado na São Silvestre de 2013, também se diz otimista. "Vamos atrás de mais um bom desempenho."
Nos últimos dez anos de São Silvestre, foram sete vitórias africanas entre homens e oito entre mulheres.
"A São Silvestre é o objeto de desejo de qualquer atleta profissional brasileira. Não sei se vou vencer um dia, mas vou trabalhar muito para que isso possa acontecer", promete Joziane, 31.
Giovani e Joziane terão pela frente ex-campeões da São Silvestre e de outras badaladas corridas no país.
No feminino, a queniana Priscah Jeptoo, campeã da prova em 2011, vem tentar o bi, depois de ter conquistado prata na maratona no Mundial daquele ano e na Olimpíada de Londres-2012.
Outra que tenta o bicampeonato é a também queniana Nancy Kipron, vencedora no ano passado e bicampeã da Meia Maratona do Rio. Maurine Kipchumba, vencedora em 2012, completa o desfile das ex-campeãs.
No masculino, o etíope Tariku Bekele, irmão da lenda do atletismo Kenenisa Bekele e bronze nos 10.000 m em Londres-2012, volta para tentar um segundo título. Terá pela frente o queniano Mark Korir, que já venceu a Meia Maratona do Rio e foi vice na São Silvestre do ano passado.
Outros destaques estrangeiros são o queniano Edwin Kiprop Kibet, campeão da meia maratona da Cidade do Rio deste ano, e Alphonce Felix Simbu, da Tanzânia, que acaba de correr uma prova de 21 km em 1h00min40.
Nesta segunda (29), os corredores não puderam fazer o tradicional treinamento no parque Ibirapuera. Devido à chuva e à queda de árvores na madrugada, atletas encontraram os portões do local fechados. (RODOLFO LUCENA)