Capitã da seleção diz ter sido alvo de injúria racial em MG
VÔLEI
Fabiana, do Sesi, quer conversar com o Minas antes de ir à Justiça
Após dizer ter sido alvo de injúrias raciais na partida da Superliga entre o Sesi e o Minas na terça (27), a capitã da seleção brasileira feminina Fabiana Claudino, afirmou que pretende acionar a Justiça, mas não sem antes conversar com o clube mineiro.
Fabiana afirmou que durante a partida em Belo Horizonte um homem que estava na arquibancada a chamou de "macaca" e perguntou se ela "queria banana".
Após ser denunciado, o torcedor foi retirado do ginásio e levado à delegacia.
"Vou conversar com o Minas e, juntos, nós vamos tomar a melhor providência que pode ser tomada", afirmou a central do Sesi.
Revelada na base do Minas, Fabiana quer punição exclusiva ao agressor.
"Não vejo essa pessoa como um torcedor. Tenho um carinho muito grande pela torcida do Minas, assim como a torcida gosta muito de mim. Era uma pessoa infeliz que estava ali", disse.
Para ela, a punição é a solução mais adequada para evitar o surgimento de novos casos de injúria racial.
"A Justiça tem que fazer a lei ser cumprida, para que esse tipo de comportamento não volte a acontecer, seja no vôlei, no futebol ou em outro esporte", declarou.
"De tudo isso, fiquei mais chateada pela minha família, que estava no ginásio e testemunhou tudo", completou.
A CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) informou que já tomou conhecimento do caso. No entanto, a entidade só deverá se manifestar após estudar o relatório do delegado da partida.