Ana Moser é convidada a chefiar órgão da Olimpíada
POLÍTICA
Governo chamou ex-atleta, que já criticou escolha do Rio como sede
A ex-jogadora de vôlei Ana Moser foi convidada para assumir a APO (Autoridade Pública Olímpica), estatal responsável por coordenar as ações governamentais para a entrega das obras da Olimpíada no Rio em 2016.
Uma das principiais jogadoras da seleção medalhista de bronze em Atlanta-1996, ela confirmou o convite à Folha e disse que responderá ainda nesta semana. A ex-atleta foi crítica à escolha do Rio como sede dos Jogos Olímpicos de 2016.
A APO está sem chefe desde fevereiro, quando o general Fernando Azevedo e Silva deixou o cargo --ele deve assumir a coordenação da segurança da Rio-2016.
Apesar do convite do governo, ela precisará ser sabatinada e aprovada pelo Senado para assumir o cargo.
Em janeiro, o grupo Atletas pelo Brasil, que defende melhorias na gestão esportiva e do qual Moser faz parte, criticou também a escolha do ministro do Esporte, George Hilton, que nunca havia atuado na área esportiva.
"A presidente Dilma [Rousseff] abriu mão de uma oportunidade de melhorar a gestão do esporte. Decepcionou todo um setor de atletas", dizia a nota. No final de janeiro, a ex-atleta se encontrou com George Hilton em Brasília e mudou de opinião.
"O ministro tem colocado versões alinhadas com a nossa visão. O encontro foi importante para abrir este debate para que o país avance em termos de políticas esportivas. Conseguimos chegar a direcionamentos para que essa conversa vire ações concretas", afirmou Moser.
A APO foi criada em 2011 e é um consórcio público formado pelo governo federal, do Estado e Prefeitura do Rio de Janeiro. A estatal também coordena as ações para o planejamento das obras e serviços necessários aos Jogos.