Crítica - Filme na TV
Italiano 'A Bela que Dorme' é filme duro, mas interessante
A Marco Bellocchio atraem as anomalias. E poucas são maiores do que o caso de Eluana Englaro, jovem em coma há 17 anos, cujo caso chega ao parlamento italiano. Desligar os aparelhos e deixá-la morrer ou prolongar sua vida vegetativa?
Eis o que provoca "A Bela que Dorme" ("Bella Addormentata", 2012, 14 anos, Telecine Cult, 1h30). O que parece mais importar para Bellocchio não é o caso em si, mas as diversas maneiras de encarar a eutanásia.
De necessidade médica a pecado, pode-se pensar em quase tudo. Mas as ideias como que existem em si, como se Eluana fosse apenas o lugar vazio onde elas vão se depositar.
Esse é o ponto que marca a visão original do cineasta italiano (um dos raros em atividade a sobrar da grande época do cinema italiano) em um de seus filmes mais duros, mas também um dos mais interessantes.