Castelo dos horrores
Com filas pela madrugada, mostra sobre o programa de TV infantil 'Castelo Rá-Tim-Bum', no MIS, termina neste domingo (25)
Na última semana da disputada exposição "Castelo Rá-Tim-Bum" no MIS (Museu da Imagem e do Som), dezenas de pessoas amanheceram na fila da bilheteria para tentar garantir seus ingressos.
Às 4h45 desta quinta-feira (22), cerca de 70 pessoas já aguardavam o início das vendas, que aconteceria às 7h.
As primeiras da fila foram Dafne, 19, e Vilma Miranda, 54. Mãe e filha saíram de casa às 19h30 da quarta (21).
De Suzano (Grande São Paulo), onde moram, até o MIS, no Jardim Europa (zona oeste), foram cerca de duas horas de viagem. Por volta das 21h40, estavam acampadas na porta do museu.
A dupla decidiu dormir na fila depois uma visita frustrada à mostra na semana anterior. Elas encontraram a bilheteria já encerrada. "Aí resolvi ser a primeira a chegar", conta Dafne. "Assisti ao programa durante toda a minha infância. Se fosse preciso, dormiria na fila de novo."
Já a estudante de artes cênicas Isabela Quilodran, 21, também veio com a mãe, Eugênia, do Rio de Janeiro.
Em São Paulo desde a madrugada da quarta-feira (21), elas não conseguiram entradas para o mesmo dia. Na quinta, decidiram chegar às 4h para garantir que conseguiriam os ingressos para a visita.
"Acho que assisto ao 'Castelo Rá-Tim-Bum' desde que nasci", disse a estudante.
Às 6h30, a fila de pessoas à espera de um ingresso contornava o quarteirão da avenida Europa, onde fica a entrada do MIS, e chegava à rua Alemanha. Às 7h, já avançava pela rua Bucareste.
Por volta das 8h, um funcionário do MIS alertava que a fila seria encerrada e que, a partir daquele ponto, não era mais possível garantir o convite para quem decidisse esperar.
Os ingressos para a madrugada (0h às 6h) deste domingo (25), último dia da mostra, foram vendidos pela internet e se esgotaram em cerca de cinco minutos. Nos demais horários, a venda é presencial.
SUCESSO
Desde que entrou em cartaz, em 16 de julho de 2014, a exposição já atraiu cerca de 400 mil visitantes, segundo a assessoria do museu.
Por causa do sucesso e das longas filas da mostra, seu fim foi adiado duas vezes: deveria ter terminado, a princípio, em 12 de outubro de 2014.
De acordo com André Sturm, diretor-executivo do MIS, a exposição não poderá ser prorrogada mais uma vez por conta da agenda do museu.