Serviço de TV Netflix divulga operações em Cuba em breve
País retomou relação com os EUA em 2014
O serviço de vídeo sob demanda americano Netflix, que soma mais de 57 milhões de assinantes pelo mundo em quase 50 países, anunciou o início da operação em Cuba.
Em dezembro do ano passado, EUA e Cuba retomaram suas relações diplomáticas.
No início de 2015, o governo americano relaxou as restrições para que seus cidadãos visitem o país. Haverá, por exemplo, voos semanais de Nova York a Havana. Desde os anos 1960, os EUA impunham um embargo à ilha.
Segundo comunicado do serviço, "em pouco tempo, os cubanos com conexões de internet e acesso a métodos de pagamento internacionais poderão assinar a Netflix".
"Estamos muito felizes por finalmente podermos oferecer a Netflix para o povo cubano, conectando-os com histórias de todo o mundo que eles irão adorar", afirmou no comunicado enviado à imprensa o cofundador da empresa Reed Hastings.
"Cuba tem grandes cineastas e cultura e arte robustas, e um dia esperamos poder trazer seus trabalhos para a nossa audiência global."
Os consumidores cubanos pagarão inicialmente US$ 7,99 (cerca de R$ 22) mensais para ter acesso ao catálogo de filmes e programas de televisão do serviço --o salário médio cubano é de US$ 20. Nos EUA, a assinatura custa US$ 8,99 (R$ 25). No Brasil, o valor é de R$ 19,90 ao mês.
Segundo a ONG Freedom House, apenas 5% dos habitantes de Cuba têm hoje acesso à internet. Presente na América Latina --incluindo o Brasil-- desde 2011, a Netflix tem aproximadamente 5 milhões de assinantes na região.