Crítica - Filme na TV
Longa de 1957 se sustenta até hoje sem seguir lugar-comum
É estranho como tudo deu certo no filme "Doze Homens e uma Sentença" ("Twelve Angry Man", 1957, 12 anos, TC Cult, 22h). Em princípio, a adaptação de uma peça teatral com cenário único, muita fala e pouca ação, é tudo que se pode reivindicar como "anticinematográfico".
Mas eis um ponto, de cara, a indagar: o que obriga, senão o lugar-comum, um filme a ter muito movimento? Com efeito, essa primeira versão de "Doze Homens" sustenta-se até hoje, e muito bem, sem conceder nada a essa mitologia.
E era a estreia de Sidney Lumet como diretor de cinema. É certo que ele teve a seu favor um elenco de primeira, com Henry Fonda como o jurado solitário que força os demais a refletirem sobre a suposta culpabilidade de um acusado de assassinato. Mas Fonda tinha ao lado gente como Lee J. Cobb ou Martin Balsam.