Vazamentos da Sony
Para estúdios de cinema, ato de WikiLeaks foi desprezível
Grupo de Julian Assange organizou e-mails vazados da Sony em um sistema de buscas
A MPA (Motion Picture Association), entidade que reúne os seis maiores estúdios de cinema hollywoodianos, chamou de "desprezível" a iniciativa do WikiLeaks de organizar os e-mails vazados da Sony num sistema de buscas.
Na última quinta (16), o grupo de Julian Assange dispôs em seu site 30 mil documentos e 173 mil mensagens da Sony, que haviam sido hackeados em novembro.
"Essas informações foram roubadas da Sony. O WikiLeaks não está prestando serviço público ao implantar um sistema de busca sobre elas. Por meio desse ato desprezível, está violando a privacidade de todas as pessoas envolvidas", diz nota da MPA enviada à reportagem.
O grupo reúne as chamadas "majors" americanas: Warner, Disney, Fox, Sony, Universal e Paramount.
Entre as mensagens vazadas há 1.052 que citam o Brasil, com informações que vão do gostos do público local a críticas ao governo Dilma, conforme noticiado pela Folha na segunda-feira (20).
Uma troca de e-mails revela um embate entre a Sony e a Ancine sobre a digitalização das salas. Os estúdios se opunham à fiscalização de contratos com exibidores pela agência reguladora.
Procurado, o órgão estatal não quis se pronunciar sobre o conteúdo dos e-mails.