Coleção Folha Grandes Nomes Do Pensamento
24/5
ARISTÓTELES (384-322 a.c.)
Na "Retórica", o filósofo grego explica a arte do orador, as técnicas de discurso para convencer juízes ou encantar uma assembleia. No livro, sua grande inovação é a de colocar no centro da persuasão o argumento lógico. Sua retórica é sobretudo a da prova, do raciocínio, e foge à regra de suas predecessoras, saindo do campo puramente judicial para adentrar outros gêneros.
24/5
SCHOPENHAUER (1788-1860)
A concepção pessimista de vida do filósofo alemão Arthur Schopenhauer aparece em seu livro "Aforismos para a Sabedoria de Vida", publicado em 1851, 32 anos após sua obra magna, "O Mundo como Vontade de Representação". Inicialmente parte do livro "Parerga e Paralipomena", o texto introduz, pela primeira vez, o aforismo como grande forma filosófica e artística
31/5
VOLTAIRE (1694-1778)
O ponto de partida de "Tratado sobre a Tolerância", obra do iluminista francês publicada em 1763, é a execução injusta de Jean Calas, protestante acusado de matar o próprio filho antes que ele se convertesse ao catolicismo. Voltaire critica os fundamentalismos religiosos e defende a liberdade de crença e o respeito entre credos
7/6
NIETZSCHE (1844-1900)
Nos seus "Escritos sobre História", o filósofo alemão discorre sobre a importância do estudo da história para o homem moderno. Por exemplo, na primeira das três partes que compõem o volume, "Fatum e História", obra publicada em 1862, Nietzsche afirma que os estudos de história desacreditaram os ensinamentos da religião cristã
14/6
DESCARTES (1596-1650)
Publicado em 1641, quatro anos após o "Discurso do Método", obra magna do francês, o livro "Meditações Metafísicas" é uma das mais influentes expressões da filosofia racionalista. Traz as críticas do precursor do cartesianismo à forma como a filosofia era ensinada na época e trata da rejeição aos preconceitos e dúvidas que contrariam a razão
21/6
FOUCAULT (1926-84)
Neste volume dedicado a Foucault, o primeiro texto, datado de 1961 --mesmo ano da publicação de seu trabalho obra mais famoso, "História da Loucura"--, o filósofo francês analisa uma obra de 1798 de Immanuel Kant (1724-1804); o segundo texto defende sua hipótese de que, na sociedade contemporânea, o discurso é feito de forma controlada
28/6
SANTO AGOSTINHO (354-430)
O santo é o maior expoente da Patrística, primeira grande construção filosófica cristã, período que vai do início da Era Cristã até o século 7. Grande polemista, foi essencial na criação dos conceitos de graça, sacramento, história como processo de regeneração da humanidade, conhecimento como iluminação divina e livre-arbítrio
5/7
KANT (1724-1804)
Na sua "Crítica da Razão Prática", publicada em 1788, depois de "Crítica da Razão Pura", sua obra mais conhecida, o prussiano procura refletir sobre a base da ação moral. Segundo o filósofo, as regras que orientam nossa conduta devem seguir princípios universais, que tenham uma lógica aceita por todos os seres dotados de razão
12/7
PLATÃO (428-348 a.c.)
Um dos mais importantes filósofos da tradição greco-romana, cuja influência perdura há mais de dois mil anos, Platão deixou um legado, em sua maioria diálogos, acerca dos mais variados temas. Em "Mênon", o filósofo grego descreve uma conversa na qual Sócrates (469-399 a.C.) discute o que é a virtude e põe em debate a possibilidade de ensiná-la
19/7
PASCAL (1623-62)
Conhecido por suas descobertas na área da matemática e da física, como os princípios da teoria das probabilidades e da análise combinatória, o francês também se dedicou aos escritos de religião e filosofia. Tinha a intenção de escrever uma defesa da fé cristã. Os fragmentos dessa obra foram reunidos nestes "Pensamentos"
26/7
TOCQUEVILLE (1805-59)
A obra "O Antigo Regime e a Revolução", publicada em 1856, décadas após a Revolução Francesa (1789-1799), marcou o fim do Antigo Regime e inaugurou a Idade Moderna. Também analisa a França antes do levante e as razões que levaram a ele. Tocqueville compõe o quadro do entrechoque de anseios que move e ameaça as nações democráticas
26/7
SÊNECA (4 a.C. - 65 D.C.)
O filósofo romano tratava de ética, da física e da lógica. Expoente do estoicismo -filosofia que teve seu ápice na tardia Antiguidade grega e nos períodos de turbulência de Roma -, Sêneca retoma, em suas "Tragédias", as histórias da tradição grega, como "Édipo Rei", de Sófocles, ou a queda de Troia, mas substituindo o fatalismo pelo drama psicológico.
20/9
WEBER (1864-1920)
A modernidade, para o pensador alemão, é a cristalização de um longo processo histórico de racionalização do mundo. Essa visão aparece com clareza nos seus "Escritos Políticos". Na obra, o filósofo tenta equacionar o dinamismo da sociedade de massas com o fato institucional da dominação legal-burocrática
27/9
EPICURO (341-270 a.c.)
O filósofo --que lançou as bases para o epicurismo e ensinava que não existe nada além da matéria, que a alma não sobrevive à morte, que não precisamos temer os deuses e que o fim da vida é o prazer-- está representado aqui pelos textos "Sentenças Vaticanas" e "Máximas Principais", com tradução de João Quartim de Morães
4/10
MONTESQUIEU (1689-1755)
"Cartas Persas", publicado em 1721, é um compilado de escritos de Montesquieu, filósofo essencial para a compreensão da modernidade. Um dos grandes nomes do Iluminismo, o francês fez críticas fortes à religião e às instituições e costumes da sociedade europeia do século 18. Também se propõe a explicar as leis dos homens e as instituições sociais
25/10
SÃO TOMÁS DE AQUINO (1225-74)
"Questões Disputadas sobre a Alma" é um dos tomos mais sucintos da vasta obra filosófica de São Tomás de Aquino, mas sua leitura é suficiente para que o público do século 21 consiga entender como esse frade italiano operou sua influente síntese da teologia cristã com a tradição filosófica representada pelo grego Aristóteles
1º/11
KIERKEGAARD (1813-55)
A dissertação de mestrado "O Conceito de Ironia" mostra Kierkegaard aos 28 anos e, para escrevê-la em dinamarquês (trabalhos acadêmicos eram em latim), o jovem teve que pedir autorização ao rei. Sua obra esmiúça Sócrates e conceitua a ironia. Segundo o filósofo, o sujeito irônico não vê validade no mundo que critica e, já na linguagem, o nega
8/11
CONFÚCIO (551-479 a.c.)
Confúcio foi um dos maiores sábios chineses da Antiguidade e viveu em meio à aristocracia chinesa da época. Por sua predileção pela filosofia pragmática, é muitas vezes comparado aos sofistas e, por seu método de diálogo com discípulos, a Sócrates. "Os Analectos", publicado nesta coleção, é o livro mais importante do confucionismo
9/8
FRANCIS BACON (1561-1626)
Ministro de Estado e pioneiro na defesa do método científico, Francis Bacon estabelece em seus "Ensaios" um preciso e rigoroso padrão de escrita. Tratando de temas variados, não perde de vista o realismo político, de instrução prática dos poderosos, o que o aproxima do pensamento de renascentista Maquiavel (1469-1527)
16/8
JOHN LOCKE (1632-1704)
Considerado o nome fundador do liberalismo moderno, escreveu "Draft A --do Ensaio sobre o Entendimento Humano", no final do século 17. A obra tornou-se uma das bases do empirismo. O pensamento de Locke é marcado pela crítica ao poder régio: a incapacidade do governo de proteger os direitos do cidadão justificaria a insurreição do povo
23/8
ERASMO (1469-1536)
É seguindo a máxima "é rindo que se castigam os costumes" que o sacerdote holandês Erasmo de Roterdã escreveu seu "Diálogo Ciceroniano". Nele, usa o diálogo filosófico, típico da Antiguidade clássica, para criticar quem defendia o engessamento da escrita e a necessidade de se escrever em latim, imitando Cícero (106 a.C.-43 a.C.)
30/8
PIERRE LÉVY
Pensador-chave para o entendimento do mundo contemporâneo, o filósofo francês apresenta, em "A Inteligência Coletiva", a ideia de que esse tipo de inteligência é um grande ganho para a civilização. Ela seria a única ferramenta do homem para sair de seu isolamento cartesiano e continuar na busca e na construção de redes abertas e de realidades humanas
6/9
ESPINOSA (1632-77)
O pensador introduziu na reflexão moral a influência decisiva dos afetos, ou seja, de paixões alegres ou tristes que produzem ganho ou perda das potências. Em seu inacabado "Tratado Político", Espinosa lida com o inevitável conflito desses afetos, o que leva à discordância e à oposição de individualidades, e defende a democracia em pleno absolutismo
13/9
SCHELLING (1775-1854)
O idealista alemão, da mesma escola de Fichte e Hegel, difere de seus contemporâneos em seus "Aforismos para Introdução à Filosofia da Natureza e Aforismos sobre Filosofia da Natureza" na medida em que entende a natureza como um ente vivo e autônomo, jamais podendo ser confundido com o universo mecânico e morto das ciências modernas
11/10
MARX (1818-1883)
Em 1859, antes da publicação de sua obra magna, "O Capital",de 1867, o cientista político e filósofo Marx publicou "Contribuição à Crítica da Economia Política", em que analisa o capitalismo e a teoria quantitativa da moeda. Considerado um dos escritos secundários do autor, foi, no entanto, a gênese de "O Capital", tendo sido incorporado, em grande, parte a ele
18/10
ANTIFONTE (480- 411 a.c.)
Embora muitas vezes o termo "sofista" seja usado pejorativamente, esses pensadores gregos foram, na verdade, pioneiros na defesa da individualidade. Antifonte, representado na coleção no volume "Testemunhos, Fragmentos, Discursos", insiste na necessidade de que a reflexão ética e política incorpore os desejos particulares
15/11
BERGSON (1859-1941)
O filósofo francês apresenta, no livro "A Evolução Criadora", de 1907, a concepção de que a teoria da evolução, proposta no século 19 pelo biólogo inglês Charles Darwin, (1809-82), é resultado do "elã vital". Ou seja, que ela provém de um ímpeto de vida, que pode ser associado à vontade criativa da humanidade.