Crítica filme na TV
Tarantino mostra em 'Django Livre' que faroeste não morreu
Talvez não seja o faroeste que morreu. Talvez seja, apenas, a imaginação em crise. É quase impossível deixar de chegar a esta conclusão após ver "Django Livre" ("Django Unchained", 2012, HBO 2, 18 anos, 14h15).
Talvez não seja bem um faroeste. Estamos no Mississipi, na era da escravidão, entre caçadores de recompensa, escravos, senhores cruéis. Mas a ideia é essa mesmo: a partir de aspectos da história americana produzir uma saga de luta.
A evocação do nome Django, clássico herói do "western spaghetti" traz duas decorrências imediatas ao filme de Quentin Tarantino: a completa absorção da história (acontecida) pela ficção e a supremacia da imagem sobre o real.
De todo modo, eis um cineasta que foge enormemente à média. E que consegue chegar ao universo supostamente esgotado do faroeste pela força da imaginação.