Crítica filme na TV
'Bruna Surfistinha' excita ao mostrar empresária do sexo
Bruna Surfistinha é o tipo de mulher capaz de preencher o imaginário nacional –em especial o paulista. É o que fica claro em "Bruna Surfistinha" (2011, Sony, 22h30 e 1h30 de terça, 15).
O filme é baseado em livro escrito por uma ex-garota de programa. Eis uma curiosidade geral: o que se passa na cabeça de uma prostituta, seus desejos, sofrimento e culpa. Podemos dizer que o filme dá conta disso.
Mas Bruna é uma mulher moderna. Nem grandes culpas nem grandes sentimentos. Em sua vertiginosa ascensão, o que ela revela é um grande sentido dos negócios, a iniciativa, o gosto pelo lucro, o marketing (o codinome Surfistinha é atraente: fala de juventude, energia, mas também de certa calculada inocência).
Bruna revela-se uma empresária numa área, no mais, não sujeita à regulamentação e à burocracia estatais. É o que filme tem de mais excitante, afinal.