Crítica filme na TV
'O Diabo Veste Prada' marca auge da moda como arte pop
Fazia um tempo que "O Diabo Veste Prada" (2006, TC Touch, 22h) não aparecia por aqui. O filme está completando quase dez anos e representa o máximo, senão cinematograficamente, ao menos como evento, desse momento em que a moda pontificou como a arte pop por excelência.
É essa proeminência que ajuda Meryl Streep, a diretora da revista, a se tornar um mito da profissão em vez de ser, como devia, considerada uma sádica. É por conta dessa situação de ponta que a carreira da jovem jornalista Anne Hathaway pode ganhar ou perder, conforme agrade ou não à patroa.
Nesse mundo da moda e da escrita há um personagem quase marginal: o jovem namorado de Anne Hathaway. O cozinheiro. Um rapaz simples, ingênuo, despretensioso, fora do mundo do consumo.
Há dez anos, nem isso. Hoje é o cara da moda. E a moda ficou meio fora de moda.