Para economistas, falha na gestão impede avanços
O trabalho de Joana Monteiro --que mostra que mais gastos não garantem necessariamente melhorias educacionais-- foi apresentado há duas semanas no seminário "Financiamento e Gestão da educação no Brasil" na Fundação Getulio Vargas.
Segundo Fernando Veloso, um dos organizadores do evento, há um conjunto amplo de evidências de que simplesmente aumentar despesas não tem efeito imediato.
Veloso afirma que o gasto por aluno no Brasil aumentou 2,5 vezes (descontada a inflação) desde o início da década passada. A maior parte dos recursos foi para o ensino básico.
O avanço da qualidade da educação, medido pela Prova Brasil, porém, foi limitado. As notas indicam melhoria contínua nos anos iniciais do ensino fundamental. Nos anos finais desse ciclo e no ensino médio, no entanto, o progresso foi modesto e, em 2013, as metas não foram atingidas.
Segundo economistas, a dificuldade em atingir melhoras significativas com mais investimentos em educação está associada principalmente a falhas de gestão. (EF)