Navio operava com 10% da capacidade
Dona do navio-plataforma que explodiu em operação para a Petrobras, matando três pessoas, a norueguesa BW Offshore tem na empresa brasileira seu principal cliente.
A estatal aluga 3 das 15 embarcações desse tipo para produção de petróleo que a norueguesa tem pelo mundo.
Os contratos são de longo prazo --o mais extenso com a brasileira vai até 2019. Podem ser ampliados por cinco anos.
Segundo a BW, a Petrobras responde por 35% de sua receita futura prevista pelos contratos, de US$ 6,9 bilhões. Em 2013, a BW faturou US$ 982 milhões.
ALUGUEL
O aluguel de plataformas de terceiros, junto com a equipe responsável pela operação, é um dos modelos adotados pela Petrobras para extrair petróleo das reservas.
A Petrobras também possui cerca de 25 navios-plataformas próprios, segundo relatório da BW, sendo dona da maior frota desse tipo de embarcação no mundo. Pode operá-la com equipes próprias, mas o mais comum é contratar o serviço de operação --que a BW também presta, com tripulantes e operadores próprios.
Duas dessas três plataformas alugadas pela Petrobras à BW, com a tripulação, estão no Brasil.
Uma é a Cidade de São Mateus, que explodiu nesta quarta-feira (11) na bacia do Espírito Santo.
Estava operando com menos de 10% de sua capacidade, de 25 mil barris por dia, já que a extração de óleo era de apenas 2.200 barris diários.
A outra, Cidade de São Vicente, foi uma das primeiras a entrar em operação no pré-sal da bacia de Santos. Uma terceira está em reserva da Petrobras no golfo do México, no campo de Cascade e Chinook.
OUTRAS PLATAFORMAS
A BW fornece também plataforma e tripulação para a HRT no campo de Polvo, na bacia de Campos.
A norueguesa opera no Brasil, ainda, plataformas que não lhe pertencem.
Uma delas é a P-63, que construiu, com a Queiroz Galvão Óleo e Gás e o grupo Quip, por encomenda da Petrobras. Essa unidade opera no campo de Papa-Terra, na bacia de Campos.
Outra é a Peregrino, de propriedade da também norueguesa Statoil, para produzir petróleo também em Campos.