PF leva carros da casa de Luma, ex de Eike
Polícia apreende 2 Toyota e 1 BMW em meio a ação em que empresário é acusado de crimes contra mercado de capitais
Juiz bloqueia R$ 3 bi em bens de Eike, de Luma, dos filhos Thor e Olin e da mulher; advogado não se pronuncia
Três veículos foram apreendidos por policiais federais na casa de Luma de Oliveira, ex-mulher de Eike Batista e mãe dos filhos Thor e Olin, nesta quinta (12). Dois Toyota e um BMW foram levados da casa dela, na zona sul do Rio.
Eike chegou pouco mais de uma hora depois de iniciada a ação, por volta das 7h.
A polícia atendia a mandado de busca e apreensão expedido pelo juiz Flávio Roberto de Souza, da 3ª Vara Federal Criminal no Rio, responsável pela ação penal em que o empresário é réu por crimes contra o mercado de capitais.
Terceiro mandado de busca e apreensão expedido no caso desde sexta (6), o de ontem visava encontrar carros e outros bens da ex-modelo.
O advogado Michel Asseff Filho, que defende Luma, afirmou que vai estudar os argumentos do juiz para determinar a busca e apreensão.
"Vamos nos manifestar no momento oportuno."
Na quarta (11), a PF apreendera iate e motos aquáticas de Eike em Angra dos Reis. Na sexta (6), policiais estiveram em seus endereços no Rio para recolher carros, piano, relógios, obras de arte e celular.
Os mandados são desdobramentos de decisão em que foram decretados bloqueios de R$ 3 bilhões em bens do empresário, de Thor e Olin, da mulher Flávia e de Luma. O valor seria usado para pagar possíveis multas e indenizações, se Eike for condenado.
Tanto os mandados quanto os bloqueios atendem a pedido do Ministério Público Federal quando apresentou a denúncia contra o empresário, em setembro.
A denúncia foi convertida em ação penal em seguida, tornando Eike réu por supostamente ter cometido "insider trading" (negociação de ações com informação privilegiada) e manipulação de mercado, na venda de ações da OGX.
THOR INTIMADO
Thor será intimado pela PF a entregar espontaneamente um Land Rover de seu pai que ele dirige. O carro, avaliado em R$ 340 mil, é um dos alvos do bloqueio de bens decretado contra Eike.
Procurado, Ary Bergher, criminalista que defende Eike, não se pronunciou sobre o assunto.