Otimismo com acerto ajuda Bolsa a ter alta
O otimismo com o possível acordo entre a Grécia e os credores internacionais ajudou a Bolsa brasileira fechar em leve alta, de 0,21%, seguindo os principais mercados internacionais.
O índice Dow Jones, o mais importante da Bolsa de Nova York, teve valorização de 0,58%. O S&P 500, também de Nova York, subiu 0,61%.
Na Europa, onde os mercados já estavam fechados enquanto ocorria a reunião de ministros do continente, as altas foram ainda mais fortes. As Bolsas de Paris e Frankfurt subiram 3,81%, e a de Londres, 1,72%.
A avaliação de analistas é que a alta da Bolsa brasileira nesta segunda-feira (22) foi menor a dos mercados internacionais por causa do cenário doméstico do país, que segue desafiador.
Alexandre Póvoa, sócio da gestora de recursos Canepa, diz que o ambiente interno torna ruim o investimento em Bolsa de Valores.
O boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, mostrou piora no cenário para a inflação em 2015 (de 8,79% para 8,97%) e para o PIB --retração de 1,45%, 0,1 ponto percentual mais do na estimativa da semana passada.
Ainda na visão de Póvoa, o país passa por um grande problema de confiança, o que piora mais a situação.
CÂMBIO
O otimismo em relação ao possível acordo entre Grécia e seus credores internacionais também reduziu a pressão sobre o mercado de câmbio nesta segunda-feira.
O dólar à vista, referência no mercado financeiro, teve desvalorização de 0,14%, cotado em R$ 3,078 na venda. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, recuou 0,64%, para R$ 3,082.
Segundo operadores de mercado, a baixa do dólar em relação ao real refletiu ainda a expectativa de entrada de novos recursos no Brasil, com estrangeiros em busca de retornos mais atraentes, na esteira da elevação da taxa básica de juros do país, a Selic.
A Selic subiu a 13,75% no início deste mês e o Banco Central sinalizou que a taxa deve voltar a subir neste ano, para conter a inflação.
Desde a reeleição de Dilma Rousseff, em outubro do ano passada, a taxa básica subiu 2,75 pontos percentuais.