Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Venda da indústria para o setor de alimentação fora de casa desacelera
O faturamento das indústrias de alimentação nas vendas de produtos para refeições fora de casa ("food service") registrou uma alta nominal de 12,4% no primeiro semestre, em relação ao mesmo período de 2014.
Apesar do número positivo, houve uma desaceleração. Em 2015, o avanço havia sido de 13,6%, segundo dados da Abia (associação dos fabricantes de alimentos).
"Houve um arrefecimento, mas o desempenho ainda é muito satisfatório se levarmos em consideração o cenário de crise", afirma Amilcar Lacerda de Almeida, economista da entidade.
Entre os compradores de alimentos no segmento estão restaurantes, padarias, lanchonetes, bares e empresas de refeições coletivas.
A abertura de novas lojas de redes de fast-food ajudou a manter as vendas da indústria. "Também percebemos que restaurantes e lanchonetes buscaram adaptar os seus cardápios a esse momento mais difícil", diz Almeida.
"Isso pode reduzir o tíquete médio do consumidor, mas ajuda a manter a frequência de visitas dele aos estabelecimentos", afirma.
A Abia ainda não fechou uma projeção para o desempenho do ano, mas há um temor de que o segundo semestre possa ser pior. "Julho e agosto já não foram bons."
Na fabricante de alimentos Forno de Minas, o "food service" representa hoje 30% do faturamento. "É o segmento que mais cresce. Em dois a três anos, deverá chegar a 50% do total", afirma o presidente, Helder Mendonça.
"A percepção que temos é que a crise atingiu com mais força restaurantes e locais de alimentação mais sofisticados. Quem trabalha com itens com tíquete menor, como nós, não sentiu tanto."
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Empresa do RS projeta usina termelétrica de US$ 1 bilhão
A empresa gaúcha Ouro Negro Energia planeja injetar US$ 1 bilhão (R$ 4 bilhões) na implantação de uma usina termelétrica a carvão em Pedras Altas (a cerca de 400 km de Porto Alegre).
A alta do dólar não impedirá o projeto, segundo o diretor-presidente da companhia, Silvio Dias Neto, porque o principal investidor –o grupo Power China– é estrangeiro.
A empresa chinesa já conseguiu, com o banco de desenvolvimento de seu país, um financiamento de 80% do capital necessário.
Nesta terça-feira (29), a Ouro Negro firmou um protocolo de intenções com o governo do Rio Grande do Sul que prevê isenção de ICMS na compra de equipamentos de qualquer Estado do país.
A empresa participará do leilão de energia da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), marcado para o dia 29 de janeiro.
Dias Neto não informa o preço de comercialização que viabiliza o projeto. "Mas temos como referência o valor que a Tractebel conseguiu no ano passado."
No leilão de 2014, a companhia vendeu energia por R$ 201,98 o megawatt-hora.
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Brasil avalia estender tarifa de defesa contra calçado chinês
O governo brasileiro estuda a necessidade de manter a tarifa antidumping em relação ao calçado chinês. Imposta em março de 2010, a norma valeria por cinco anos.
Dumping é a venda de mercadorias a preços abaixo do custo, com o objetivo de eliminar a concorrência ou conquistar fatias de mercado.
Com as regras vigentes, para cada par de calçado comprado dos chineses, é acrescida uma taxa de US$ 13,85 ao valor do produto.
Em 2010, já com as medidas em vigor, as importações de calçados da China caíram 70,1% ante o ano anterior, aponta a Abicalçados (associação de calçadistas).
"As condições são as de cinco anos atrás. O setor não suportaria a concorrência", afirma Heitor Klein, presidente-executivo da entidade.
Procurado, o Mdic disse que a medida está em revisão e que, até o início do ano que vem, será decidido se a defesa comercial vai ser mantida.
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Ritmo... De setembro de 2014 ao início do Rock in Rio, no último dia 18, o festival teve 578 peças publicitárias.
...rápido O número inclui a publicidade em todos os meios, do impresso à TV, segundo a agência Artplan.