Armas químicas podem ter atingido soldados no Iraque
Degradados, produtos usados durante a guerra com o Irã estavam em esconderijos
Mais de 600 americanos relataram a médicos militares desde 2003 que acreditam terem sido expostos a armas químicas no Iraque. A informação foi revelada na quinta (6) pelo "New York Times".
Segundo o jornal, o Pentágono ainda não conseguiu avaliar os casos ou oferecer acompanhamento adequado às possíveis vítimas.
Funcionários e soldados teriam tido contato, durante a ocupação do país, com produtos químicos abandonados por forças iraquianas. Esses episódios teriam sido omitidos por mais de uma década.
O assunto veio à tona após investigação feita pelo jornal mostrar, no mês passado, que, apesar de as tropas não terem encontrado armas de destruição em massa, elas encontraram armas químicas.
Degradadas, as armas, usadas na guerra contra o Irã, nos anos 80, estavam em esconderijos e seriam usadas em bombas artesanais.
Após o "NYT" divulgar que 17 soldados foram atingidos por gás sarin ou agente mostarda, mais militares revelaram seus casos.
Segundo um porta-voz do Exército, 629 pessoas disseram "sim" quando questionadas se achavam que haviam tido contato com agentes químicos.