Reféns são mortos durante operação de resgate no Iêmen
Militantes da Al Qaeda teriam baleado americano e sul-africano assim que perceberam manobra em curso
Presidente Obama diz que autorizou ação após ser informado que vida de Luke Somers corria perigo iminente
O fotojornalista norte-americano Luke Somers e o professor sul-africano Pierre Korkie, sequestrados pela Al Qaeda no Iêmen, foram mortos neste sábado (6) durante uma tentativa de resgate organizada pelos Estados Unidos e o Exército iemenita.
O presidente americano, Barack Obama, disse que autorizou a operação após ter recebido evidências de que a vida de Somers corria perigo iminente.
Pouco antes do comunicado, o chefe de segurança do Iêmen, Ali al-Ahmadi, disse que militantes planejavam matar Somers no sábado.
Segundo fontes do "New York Times" e da agência Reuters, Somers e Korkie foram baleados por militantes assim que os terroristas perceberam que havia uma operação de resgate em curso.
Ainda vivos, mas muito feridos, eles foram encontrados e colocados em um helicóptero, onde equipes médicas os atenderam até que eles chegassem a um navio, nas imediações.
Um dos reféns teria morrido pelos ferimentos ainda no voo e o outro no navio.
A operação de resgate durou 30 minutos e começou durante a madrugada na província de Shabua, no sul do país. Foram mobilizados mais de 40 soldados americanos.
Segundo autoridades de segurança iemenitas, ao menos dez pessoas, entre militantes da Al Qaeda e civis, foram mortos na ação.
O resgate de Somers já havia sido tentado, sem sucesso, em novembro pelas autoridades americanas.
Obama reafirmou que os Estados Unidos não pouparão o uso militar, de inteligência e diplomático para levar reféns americanos para casa de forma segura, qualquer que seja sua localização.
PAQUISTÃO
O Exército paquistanês divulgou neste sábado (6) a morte do chefe de operações exteriores da Al Qaeda, Adnan El Shukrijumah, após uma ofensiva militar na província de Waziristão do Sul.
Ele era procurado pelo governo dos EUA e acusado de planejar um ataque ao metrô de Nova York em 2009.