Estado Islâmico derruba avião militar na Síria
Caça pertencia a coalizão que combate a facção; o piloto, da Jordânia, foi capturado
Extremistas da facção Estado Islâmico derrubaram nesta quarta-feira (24), na Síria, um avião militar da Jordânia que fazia parte da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos para combater o grupo terrorista.
O avião jordaniano foi derrubado próximo a Raqqa, que fica a cerca de 440 quilômetros da capital, Damasco.
Mais cedo, apoiadores do EI haviam publicado uma foto (ver ao lado) do piloto do caça cercado de homens armados. Em comunicado, o Exército da Jordânia confirmou tanto a queda do avião quanto a captura do militar.
No Twitter, os jihadistas identificam o refém como o tenente Muadh al-Kasasbeh, de 26 anos.
Embora nesta quarta as autoridades jordanianas não tenham confirmado oficialmente sua identidade, o pai de al-Kasasbeh foi a público pedir clemência por seu filho.
"Que Alá plante misericórdia em seus corações e que vocês libertem meu filho", disse Yousef al-Kasasbeh, em entrevista ao site de notícias jordaniano "Saraya".
Segundo o jornal britânico "The Guardian", esta é a primeira perda desse tipo da coalizão internacional desde o início da ofensiva no país, em setembro. Os ataques --conduzidos por EUA, Jordânia, Emirados Árabes, Arábia Saudita e Bahrein-- já mataram mais de mil jihadistas na tentativa de barrar o avanço do Estado Islâmico.
O regime sírio do ditador Bashar al-Assad também combate os extremistas em Raqqa --a sexta maior cidade do país, que está quase totalmente subjugada.
No território do Iraque, uma coalizão formada por Austrália, Bélgica, Reino Unido, Canadá, Dinamarca, França, Holanda e EUA também tenta conter o EI.
CRISE SÍRIA
A Síria vive uma guerra civil desde 2011, quando começaram protestos pelo fim da ditadura de Assad, em um episódio que fez parte da chamada Primavera Árabe.
Além de grupos de rebeldes moderados --apoiados pelo Ocidente na luta contra Assad--, extremistas como o Estado Islâmico cresceram em meio à desordem no país.