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Néstor indicou Nisman para investigar ataque
Responsável por acusar Cristina Kirchner de encobrir o atentado à Amia, em 1994, o promotor Alberto Nisman, 51, foi indicado em 2004 pelo marido da presidente, Néstor Kirchner, para esclarecer a participação do Irã no ataque.
Os primeiros resultados da investigação foram usados por Néstor para pedir em 2007 que o Irã colaborasse enviando os acusados para serem julgados, em discurso na Assembleia-Geral da ONU.
A participação no caso Amia e a boa relação com o casal Kirchner no passado levou a que seu nome fosse cogitado para a Procuradoria-Geral. O cenário mudou com a morte de Néstor, em 2010, e a reaproximação com o Irã.
Enquanto isso, o promotor trabalhava na causa e começou a ver as pistas do encobrimento. Segundo o jornalista Laureano Pérez Izquierdo, do site Infobae, Nisman levou dois anos para reunir as provas.
O promotor foi casado com a juíza Sandra Arroyo, com quem teve duas filhas. Para fazer a denúncia, ele interrompeu uma viagem à Europa com a família.
Segundo jornalistas, ele aparentava estar nervoso com a ida ao Congresso e as ameaças. Em entrevista ao jornal "Clarín", ele disse que sua vida tinha mudado após denunciar Cristina. "Eu posso sair morto de tudo isso", afirmou.