Obama pedirá autorização para combater EI
A Casa Branca deve apresentar nesta quarta-feira (11) ao Congresso dos EUA o seu pedido para usar força militar no combate ao Estado Islâmico (EI), levando à primeira votação de guerra no Congresso em 13 anos.
Para justificar as ações empreendidas contra o EI até agora, Obama tem se apoiado em uma resolução votada pelo Congresso em 2002, a qual conferia poder de guerra ao então presidente George W. Bush contra o Iraque após os atentados de 11 de setembro de 2001. Críticos dizem que apoiar-se nessa medida antiga é uma manobra jurídica de Obama.
Os defensores da proposta argumentam que uma nova autorização para o uso de força militar é importante para demonstrar unidade na luta contra o EI.
Para conseguir o apoio do Congresso à sua proposta, Obama precisa encontrar um equilíbrio entre parlamentares que defendem ampla autonomia no combate ao EI e outros congressistas, inclusive membros de seu partido, os quais temem que a resolução possa levar a outro envolvimento em uma guerra prolongada, a exemplo das campanhas militares no Iraque e no Afeganistão.
A Casa Branca buscou ouvir congressistas para resolver as divergências e garantir o apoio dos democratas e dos republicanos antes de entrar formalmente com o pedido.
Um funcionário do Congresso afirmou que Obama deve pedir uma resolução válida por três anos, de forma que o próximo presidente tenha que renovar a sua autorização para combater o EI.
Obama estaria considerando, ainda, deixar em aberto um possível envio de tropas, embora não queira manter soldados em terra por um período prolongado.
Por fim, a proposta da Casa Branca não estabeleceria limites geográficos para o combate, mas autorizaria o uso da força exclusivamente contra o EI, segundo o funcionário do Congresso.
Os EUA vêm realizando bombardeios contra posições do EI desde agosto e lideram uma coalizão internacional que combate os extremistas.
O EI controla desde 2014 partes do Iraque e da Síria, onde estabeleceu um califado e impôs um domínio violento sobre a população local, além de matar reféns dos EUA e de outros países.