Britânicas aderiram a facção, diz governo
ONG afirma que cerca de 5.000 cristãos fugiram do Estado Islâmico em região da Síria
O governo do Reino Unido afirmou acreditar que três adolescentes de Londres que viajaram à Turquia conseguiram entrar na Síria, onde devem se alistar no EI (Estado Islâmico). O caso provoca comoção entre os britânicos desde o fim de semana.
As amigas Amira Abase, 15, Shamina Begum, 15, e Kadiza Sultana, 16, viajaram em 17 de fevereiro para Istambul. As três são amigas de outra adolescente da mesma escola, que chegou à Turquia em dezembro e se acredita que já esteja na Síria.
Segundo a Polícia Metropolitana de Londres, a suspeita de que elas teriam se associado ao Estado Islâmico surgiu após uma delas, Shamina Begum, enviar uma mensagem pelo Twitter à escocesa Aqsa Mahmood, 20.
Mahmood deixou o Reino Unido em 2013 em direção à Síria, onde se casou com um membro da milícia radical e se tornou uma das principais influenciadoras de mulheres para aderir ao jihadismo.
Outra das meninas, Kadiza Sultana, também seguia páginas de grupos radicais na internet. As famílias afirmam que nenhuma das três dava sinais de que haviam se radicalizado e que se surpreenderam com a viagem.
Os pais fizeram apelos na televisão britânica para que as filhas voltassem. O diretor da escola onde elas estudavam, Mark Keary, disse que não detectou sinal de radicalização e que aumentou a vigilância nas redes sociais no colégio após a viagem de Aqsa Mahmood à Síria.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse que as meninas pareciam ter sido radicalizadas "dentro de seus quartos" e pediu mais controle das empresas de redes sociais para evitar o extremismo on-line.
CRISTÃOS
Cerca de 5.000 cristãos assírios deixaram suas casas desde o início da ofensiva do EI contra a província de Hasakah, na Síria, informou nesta quarta-feira (25) a ONG Rede Assíria de Direitos Humanos. Os extremistas intimidaram os aldeões e há algumas semanas retiraram as cruzes sobre as igrejas.
A leva de refugiados desta semana acontece um dia após a entidade e o Observatório Sírio de Direitos Humanos informarem que pelo menos 70 cristãos assírios foram sequestrados pela facção na mesma região da Síria.