Painel do leitor
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Política econômica
Com a escolha de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda, a presidente Dilma Rousseff felizmente entendeu que o recado das urnas foi para manutenção de uma política social forte, mas com política macroeconômica sem recorrer a bruxarias e espertezas. A essência da proposta de governo do ex-candidato Eduardo Campos apontava para três direções. 1) manutenção e até ampliação da atual rede de proteção social; 2) política macroeconômica (fiscal e monetária) dentro das boas práticas de teoria econômica; 3) revolução no processo de gestão pública para levar o governo a gerar mais benefícios concretos para a população, com os recursos que arrecada. Essa aproximação que a presidente Dilma fez das visões de Eduardo Campos é importante. Entretanto, ainda resta o desafio de entregar mais benefícios/serviços com os recursos que recebe.
Alexandre Rands, membro da equipe econômica de campanha do PSB (Recife, PE)
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O leitor Geraldo Umberto Cardana foi extremamente deselegante e preconceituoso ao afirmar que finalmente teremos um engenheiro para cuidar da economia e chega de economistas (Painel do Leitor, 29/11). Tenho orgulho de ser economista, de meu filho mais velho ser engenheiro e trabalhar na área econômico-administrativa e de meu filho mais novo ser um engenheiro que se dedica com afinco em sua área em uma multinacional.
Carlos Gonçalves de Faria (São Paulo, SP)
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Parece que parte da alta cúpula do PT é contra a indicação de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda. Começo a achar que ele deve ser competente e sério, o que decerto contraria interesses de muitos que estão no governo torcendo para haver brechas onde a corrupção continue a comer solto. Como pessoas com perfil de seriedade e competência nem sempre são bem-vindas, torcemos para que o futuro "homem do dinheiro" não seja frito.
João Direnna (Quissamã, RJ)
Lava Jato
O senhor Benone Augusto de Paula erra ao afirmar que FHC falhou ao não ter privatizado a Petrobras (Painel do Leitor, 28/11). FHC foi muito inteligente, pois não se mata a galinha de ovos de ouro. Ou você acha que o mecanismo de desvios de verbas públicas foi inventado pelo PT?
Geraldo Fernandes (Araraquara, SP)
Voto em Dilma
O professor Rogério Cezar de Cerqueira Leite ofende os 51 milhões de brasileiros que não votaram na senhora Dilma Rousseff ao escrever que somente aqueles que deram seu apoio a esse projeto de atraso, de roubalheira, de descalabro nas contas públicas são cidadãos pensantes ("Por que votei em Dilma Rousseff", Tendências/Debates, 27/11).
Mário Benoni Castanheira de Souza (Brasília, DF)
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Muito apropriado o texto. Com conhecimento de causa aborda o assunto com maestria e nos ensina como ter "esperança de ser cidadão de um país civilizado".
Helio de Almeida Rocha (Piracicaba, SP)
Chaves
Por incrível que pareça o ícone do humor no Brasil dos anos 80 foi o querido mexicano e passou no SBT ("Criador de Chaves e Chapolin morre aos 85", "Ilustrada", 29/11). Mesmo com toda a influência do Tio Sam e o poder da Globo foi o senhor Roberto Bolaños que marcou e influenciou toda uma geração. Fez rir e disseminou simplicidade e alegria no coração dos brasileiros com o herói trapalhão e o menino de rua.
Rodrigo Leme (São Paulo, SP)
IPTU
Na reportagem "IPTU mais alto no centro velho pode mudar perfil de moradores" ("Cotidiano", 29/11), representantes do setor imobiliário afirmam que o reajuste do IPTU irá afastar os mais pobres do centro da cidade. É escancarado cinismo. O que está afastando os mais pobres é a especulação imobiliária e os preços extorsivos do mercado.
William Augusto Silva (São Paulo, SP)
Aborto
Depois de ler a coluna de Tati Bernardi ("Joana fez um aborto", "Cotidiano", 28/11), eu me pus a pensar: será que eu continuaria ao lado de uma pessoa que resolvesse fazer um aborto por causa de um curso de fotografia? Muitas vezes a gente exagera no argumento e perde a razão.
Henrique Valêncio (São Paulo, SP)
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Caso a querida Tati não tenha percebido, não foi o preconceito que a deixou de "bode" com a amiga Joana. Foi sim, a morte de um ser humano. Quando se fala em aborto, as pessoas se esquecem que uma pessoa morre. E isso é motivo de tristeza. A Joana deve ter direito ao seu corpo e liberdade de fazer o que quiser com ele, mas não tem a liberdade de matar outro corpo que não o dela. Esse é todo o pesar da Tati. E é todo o egoísmo da Joana.
Ivone Maria de Lima Jaime (Ourinhos, SP)
Desmatamento
Realmente é mais uma das coisas inacreditáveis de nosso país, nosso governo se mune de dois sistemas para vigiar o desmatamento na Amazônia, o Deter e o Prodes, que são mais dois povoados pelo PT, que os usa de acordo com sua conveniência, divulgando dados desconexos ("Inpe confirma alta no desmatamento de agosto a outubro", "Ciência", 29/11). São, no mínimo, suspeitos e nos deixam à mercê, completamente perdidos, pois cada um mostra uma coisa. Proponho não dar bola a nenhum deles e acreditar só no Imazon, que pelo menos não tem nada com o governo.
José Antonio Batelli (Osasco, SP)