Painel do Leitor
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CPMF
Segundo as notícias, três governadores recém-eleitos, Camilo Santana (PT), do Ceará, Rui Costa (PT), da Bahia, e Wellington Dias (PT), do Piauí, se articulam para a volta da CPMF, ("Governadores eleitos do PT articulam a volta da CPMF", "Poder", 1º/12). A carga tributária de 36,27 % do PIB não é suficiente? Que tal reduzir despesas com salários e benefícios e esquecer o tal imposto do cheque?
EDGARD GOBBI (Campinas, SP)
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Nossos políticos estão articulando a volta da CPMF alegando falta de verbas para a saúde. Por que eles não se preocupam com a recuperação de dinheiro desviado de todas as secretarias? Nesse período de falta de recursos, nossos representantes estão apressando a votação do aumento dos salários do Legislativo, do Executivo e do Judiciário, com efeito cascata, onerando os Estados e municípios. Por que não usar essa verba para atender o setor de saúde num gesto de agradecimento pela reeleição?
PÉRICLES CAPELLO CRUZ (Atibaia, SP)
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Se o Brasil fosse um país sério, a volta da CPMF seria uma medida muito bem-vinda, salutar e patriótica. Mas é lamentável ter de admitir que, considerando nossos antecedentes, esses recursos voltarão a contemplar políticos corruptos e incorrigíveis. Nem pensar na volta do tributo.
GILBERTO AMADO PEREIRA ALVES (Brasília, DF)
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Esses políticos que articulam a volta de mais um famigerado imposto deveriam sentir vergonha. Não há dinheiro que sobre para tanta roubalheira e corrupção. Querem mais dinheiro para a saúde? Cortem os políticos que não fazem nada e as benesses desses cargos. Quem sabe assim sobrará o dinheiro desejado.
MAURÍCIO PIO RUELLA (São Paulo, SP)
Corrupção
A entrevista com o historiador Pedro Henrique Pedreira Campos ("Empreiteira que soube usar a corrupção cresceu mais", Entrevista da 2ª, 1º/12) poderia estender-se mais e informar sobre as principais empreiteiras do país que se consolidaram no decorrer da ditadura militar, bem como as principais obras, muitas delas desnecessárias.
RICARDO MELLO (Goiânia, GO)
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A Folha deveria ter publicado as provas contidas no livro que demonstram quais agentes públicos receberam propina, de quais empreiteiras e o valor do prejuízo em cada obra. Se não houver tais indicações, tudo passa para a esfera da ilação.
RAFAEL ROSSI (Blumenau, SC)
Infecções
Em relação ao editorial "Vitória sobre infecções" ("Opinião", 1º/12), nosso atual desafio é continuar avançando com estratégias de diminuição das desigualdades citadas, atendendo às necessidades não satisfeitas da população, especialmente nessa faixa etária tão vulnerável: os menores de um ano.
ROSEINE FORTES PATELLA, psicóloga epidemiologista (Santos, SP)
Miséria em SP
A reportagem "Miséria cresceu mais em SP que em Estados do Nordeste" ("Poder", 29/11) contém falhas primárias. As conclusões estão erradas, a começar pelo título, que compara alhos com bugalhos --números absolutos entre Estados com populações muitas vezes menores que a de São Paulo. Tivesse feita a conta correta, chegaria à conclusão que SP não está nem entre os dez primeiros que tiveram maior aumento. O crescimento está abaixo da "contribuição" do Estado para a população total do país. E a proporção de miseráveis na população segue abaixo de 2%, uma das menores do país, dado que foi inexplicavelmente omitido.
VANESSA PALAZZI, coordenadora de Comunicação da Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)
Crise da água
Apesar do acordo entre governadores ("Divisor de águas", "Opinião", 1º/12), não escapamos do problema que pode atingir São Paulo: a falta de água, que Alckmin disse que não faltaria.
MARCOS BARBOSA (Casa Branca, SP)
Educação
Embora na reportagem "Cresce número de alunos que mudam para a escola pública" ("Cotidiano", 30/11) os principais argumentos para a transferência dos alunos do ensino privado para o público tenham sido problemas financeiros e ProUni, a realidade que presencio como professor do Estado é outra. Em sua maioria, estudantes vindos de escola privada são repetentes ou sérios candidatos a retenção, que se transferem para terminarem seus estudos no ensino público devido à fácil aprovação.
RENAN GUSTAVO BELONI FREITAS, professor de física no ensino médio público (Indaiatuba,SP)
Fuvest
Questão muito apropriada fez a Fuvest sobre a crise da água ("Fuvest diz que crise da água em SP é política", "Cotidiano", 1º/12). A resposta adequada enquadra-se na afirmação de que a crise hídrica é de natureza ecológica e política. Surripiar a natureza política da crise é estar em desacordo com a lei de recursos hídricos, que diz que a gestão deve contar com participação de poder público, usuários e comunidades. Sem planos e sem atuação independente de comitês de bacias paritários não chegaremos a um planejamento do uso das águas equitativo e legítimo.
PAULO AFFONSO LEME MACHADO, professor da Universidade Metodista de Piracicaba (Piracicaba, SP)
Gregorio Duvivier
Gregorio Duvivier ("Todos atentos olhando pra TV", "Ilustrada", 1º/12) afirma que "quem não chora (com a miséria de uma criança) é tucano" ilustra o nível da discussão ideológica no Brasil. É frustrante a visão maniqueísta de alguém que eu imaginava imune a preconceitos.
IVAN B. CASELLA (São Paulo, SP)
Roberto Bolaños
Chaves deixou sua marca de alegrias, amor e um humor únicos. Velhos, adultos, adolescentes e crianças assistiam todos os dias, sem se importarem com o tempo e o capítulo exibido ("Batalhão de mini Chaves dá adeus a Bolaños", "Mundo", 1º/12).
PAULO ALBERTO TANK (Nova Odessa, SP)