Painel do Leitor
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Salário mínimo
O deputado Marcus Pestana atribui intenção de gastança à ordem de Dilma para o ministro do Planejamento relativa ao reajuste do mínimo ("Painel", 5/1). Isso é mais uma amostra de quão pior para os trabalhadores seria se os tucanos tivessem voltado.
CARLOS BRISOLA MARCONDES (Florianópolis, SC)
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A falta de ética de Dilma, tornando público um destempero que poderia ser resolvido entre quatro paredes, colocou o recém-empossado ministro Nelson Barbosa e sua competência numa saia justa desconfortável ("Governo recua e regra de reajuste do mínimo é mantida", "Poder", 4/1). Se o assunto já estava sendo estudado, é porque havia uma brecha para sua divulgação. Um ministro merece respeito de seus superiores perante o público, não é um simples estafeta.
JOÃO ROBERTO GULLINO (Petrópolis, RJ)
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Muito antes do que se esperava, a presidenta Dilma cortou o barato do seu novo ministro Nelson Barbosa. Parece que ele assimilou bem esse primeiro golpe. Será que aguentará os próximos? Cuidado, presidenta, cortar o barato pode sair caro.
GERALDO DE PAULA E SILVA (Teresópolis, RJ)
Kátia Abreu
A divisão da terra no Brasil --absurdamente concentrada nos grandes grupos rurais-- deixa claro que o direito à propriedade está muito acima dos direitos à moradia, à comida e à dignidade ("O agronegócio não é carne podre e não teme cortes", "Entrevista da 2ª", 5/1). A nova luta "simbólica" encampada pela ministra da Agricultura, Kátia Abreu, que afirmou não haver mais latifúndio em território nacional, parece mais uma estratégia para camuflar o monopólio da classe que representa. A elite ruralista é uma das oligarquias mais retrógradas do país: há muito pratica lobby que impede avanços políticos, sociais e ambientais.
THIAGO EID (São Paulo, SP)
Discursos de posse
Em "Os gêmeos" ("Opinião", 5/1), Ricardo Balthazar está correto quanto ao desânimo em relação à dialética dos discursos de posse. Mas, no próprio artigo dele, notamos diferenças: a presidente ficou no habitual engodo de enaltecer seus (des) feitos e de repetir as "fantasias de campanha" enquanto o governador, apesar de platitudes como "trabalho, trabalho, trabalho", estabelece a meta e a ideologia do Estado "necessário". E contrário ao autoritarismo do Estado, ou seja, ao "paternalismo que sufoca".
JOSÉ ANTONIO GARBINO (Bauru, SP)
Gilberto Carvalho
Ao afirmar "não somos ladrões" ou que não se acha membro de tal quadrilha, em sua despedida da Secretaria-Geral da Presidência, o ministro Gilberto Carvalho se viu obrigado a admitir que sabe o que pensamos sobre a falta de honestidade que impera no atual governo ("Não somos ladrões', diz aliado de Lula ao deixar o governo", "Poder", 3/1). Quem realmente é honesto não necessita dizer, suas atitudes o definem. Tendo em vista a parranda que habita em seu partido, era melhor ter ficado calado.
LEILA E. LEITÃO (São Paulo, SP)
Volta do litoral
Ao ver a continuidade dos terríveis assaltos nas estradas, nas saídas do litoral ou na chegada à capital, temos apenas uma certeza: temos governantes e legisladores inúteis e criminosos ("Motoristas são assaltados na volta do litoral", "Cotidiano", 5/1). O único interesse desses políticos é arrecadar impostos e multas. O cidadão que se dane.
ROBERTO MOREIRA DA SILVA (São Paulo, SP)
Extintores
Tem razão Paulo de Tarso Disca (Painel do Leitor, 5/1). Extintor de incêndio em automóveis já não existe mais no mundo, desde que o carburador e o distribuidor foram substituídos pela injeção eletrônica e os incêndios se tornaram raros. O motorista nunca sabe onde ele está, não sabe operá-lo e, quando sabe, o extintor não apaga fogo nenhum. No Brasil, em vez de se eliminar essa inutilidade, o lobby dos fabricantes "convenceu" o governo a exigir um modelo mais caro, do tipo ABC, que, ainda por cima é descartável, e não pode ser recarregado como o antigo, do tipo BC.
BORIS FELDMAN (Belo Horizonte, MG)
Cinema
Como consumidora, concordo plenamente com André Sturm ("A concentração de telas", Tendências/Debates, 3/1). Com a nova regulação da Ancine, haverá, ainda que pequena, uma oportunidade de assistirmos a outros filmes que não sejam apenas os "blockbusters". O Brasil produz mais de cem longas-metragens por ano, e quantos chegam às telas? E os filmes estrangeiros? Discordo do que afirma Adhemar Oliveira ("Cinema e diversidade", Tendências/Debates, 3/1), no que se refere à pirataria, pois, apesar de crescer cada vez mais, ela não é capaz de diminuir o número de espectadores que frequentam os cinemas. Além disso, não há "diversidade" com todas as salas exibindo os mesmos filmes.
MICHELLE BERNARDES (Mogi das Cruzes, SP)
Biografias
Na página dois da autobiografia da Norma Bengell, lê-se "Algumas pessoas citadas nesta obra tiveram seus nomes substituídos por fictícios, a fim de preservar a sua privacidade". Foram essas pessoas que pediram? Pelo tom, forma sincera que escreve, tenho certeza de que não é coisa da Norma. Parece-me mais coisa da editora e da pessoa que organizou os escritos para evitar os tais processos de quem quer esconder o passado. Isso me veio à mente depois de ler "Monopólio da memória", de Taís Gasparian ("Ilustríssima", 4/1).
NELSINHO BERTONI (Bady Bassit, SP)
Melhores do ano
Um puxão de orelhas nos repórteres da "Ilustrada" ("O melhor de 2014", 31/12), que esqueceram ou desconhecem "Crush Songs", de Karen O. Desculpem-me, mas é um trabalho "divino" que deve ter passado despercebido pelos ilustrados jornalistas.
LUÍS CÉSAR SCHIAVETTO (Poços de Caldas, MG)
Boas-festas
A Folha agradece e retribui os votos de boas-festas recebidos de José Renato de Araújo, vice-prefeito de Tapiratiba (SP), Associação Parceria contra as Drogas (São Paulo, SP) e Vicente Limongi Netto (Brasília, DF).