Painel do Leitor
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Manifestação
Não sou a favor do impeachment, o resultado das urnas deve ser respeitado. Mas também não acho que governo deva sangrar pelos próximos quatro anos ("'Tirar Dilma não adianta nada', diz FHC", "Poder", 9/3), quem vai sangrar é a população. Por isso, estarei na manifestação do dia 15. Precisamos de um sistema que não induza o presidente a leiloar 40 ministérios e estatais.
Mauro Zenhiti Azana (São Paulo, SP)
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Em contraponto a Ana Maria Freitas (Painel do Leitor, 10/3), que imagina que as manifestações contra Dilma vieram de apartamentos de R$ 4 milhões, gostaria de dizer que a comunidade do morro em frente à minha casa foi uma das mais ativas.
Renato Minelli Figueira (Belo Horizonte, MG)
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Aqui, na minha cidade, as únicas panelas que bateram foram as vazias de comida da era FHC.
Oscar Polesello (Nova Prata, RS)
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Desde o começo da semana, a Folha faz campanha para que uma reunião de "coxinhas" ganhe dimensões de mobilizar São Paulo. Cita o protesto na "Primeira Página" e anuncia os "Atos contra Dilma" como se fossem um show. Destaca texto de Marcelo Coelho ("Panelas para todos", "Ilustrada", 11/3) em que dá aos protestos contornos ainda mais épicos, ao chamá-los de "marcha". Na época dos protestos de 2013, o comportamento foi bem diferente.
Marilia Coutinho (São Paulo, SP)
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Marcelo Coelho utilizou a mesma estratégia retórica da reportagem "Redutos petistas de SP não ouvem panelaço contra presidente" (folha.com/no1600347). Diante da polarização social das manifestações contra a presidenta, comprovada pelo impacto dos protestos, apenas, nos "bairros nobres" de São Paulo, Coelho evoca exceções pontuais. Ele estabelece uma analogia entre os protestos e o clássico entre São Paulo e Corinthians. De fato, o time do Morumbi, na ânsia de vencer o rival de Itaquera, desesperou-se dentro e fora do campo.
Paulo Henrique Fernandes Silveira, professor da Faculdade de Educação da USP (São Paulo, SP)
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Sinto imensa tristeza por ter sido retratado como cão raivoso por Laerte ("Opinião", 10/3), um grande artista plástico. Felizmente nada rebaixa sua arte, mas perdi o respeito por uma pessoa que se tornou pena de aluguel.
Antonio Celso Nogueira Leite (São Paulo, SP)
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Em resposta a Paulo Bocatto (Painel do Leitor, 11/3), no final do meu comentário escrevi algo que não foi publicado: "Procure outras universidades melhores, de excelência, saia do país para estudar". O melhor é estudar, seja onde for. Ou será que não existem universidades à altura daqueles jovens? Matheus Silva saiu da Paraíba, foi para Boston e faz duas universidades, lá no berço neoliberal ("De Boqueirão a Boston", "Cotidiano", 9/3).
Maria José Mesquita, professora da Unicamp (Campinas, SP)
Petrolão
Pedro Barusco afrontou com seu depoimento toda a sociedade brasileira ("Delator confirma propina para a campanha de Dilma em 2010", "Poder", 11/3). Não nos resta mais nada! Todos os elos têm o mesmo DNA.
Rebeca Gelse Rodrigues (São Paulo, SP)
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O ministro Dias Toffoli solicitou remoção para a Segunda Turma do STF para julgar as ações que envolvem políticos no escândalo do petrolão, investigados na Operação Lava Jato ("Toffoli deve presidir julgamentos no Supremo", "Poder", 11/3)... Xiiiiii.
Ulisses Nutti Moreira, advogado (Jundiaí, SP)
Oficina para performers
Parabéns a Silas Martí pelo irônico artigo no qual conclui que a performance de Marina Abramovic é uma "bobagem" ("A artista não está presente", "Ilustrada", 11/3), embora haja 150 mil pessoas dispostas a descrever a roupa do rei... que está nu.
Affonso Romano Sant'anna (Rio de Janeiro, RJ)
Cantoras britânicas
Não é só Joss Stone que é bonita e canta bem, como escreveu Thales de Menezes ("Joss Stone é mais viciada no Brasil do que McCartney", "Ilustrada", 11/3). Várias conterrâneas britânicas como Tracey Thorn, Lisa Stansfield, Lily Allen, Paloma Faith, Adele, Florence Welch, Annie Lennox, Sade e Leona Lewis apresentam a mesma qualidade de Joss Stone. Sou apaixonado tanto pela Grã-Bretanha quanto pelas cantoras citadas.
Marcelo Cioti (Atibaia, SP)
Zé Rico e Inezita
Antes que os artistas eminentemente populares José Rico e Inezita Barrosso caiam na desmemória brasileira, será que nossas TVs não poderiam passar os filmes deles? Milionário e José Rico interpretam eles mesmos em um dos melhores filmes de Nelson Pereira dos Santos, "Estrada da Vida". E Inezita participou de vários filmes da era de ouro da Atlântida e acho que também da Vera Cruz. Só que o cinema nacional não tem mesmo vez na TV brasileira.
Zulcy Borges, jornalista (Itajubá, MG)
Criatividade
O estrangeirismo em São Paulo tem sido muito usado, principalmente em edifícios. Isso ocorre apenas para atrair compradores e é cópia de outros países. O Brasil está sem criatividade.
Andressa Alborghetti, estudante do 8º ano do ensino fundamental (Guarulhos, SP)
Correios
Com relação à carta de Julio Lagini (Painel do Leitor, 7/3), esclarecemos que as entregas estão sendo realizadas no endereço do cliente, embora com prazos mais dilatados. A empresa fará visita técnica ao cliente para verificação. A fim de normalizar a situação, os Correios estão em processo de contratação de mão de obra e a previsão é de que em 60 dias as equipes sejam ampliadas. Também está em análise a realização de um novo concurso público para contratação de pessoal para atender essa localidade.
Thelma Kai, gerente corporativa de representação institucional dos Correios (Brasília, DF)