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Datafolha
A avaliação de Dilma atingiu 62% de desaprovação ("No 3º mês do novo mandato, 62% já desaprovam Dilma", "Poder", 18/3). "Brigando ferozmente" com a língua portuguesa, "velha senhora e inimiga íntima", proferindo longos discursos absolutamente incoerentes, Dilma, "criatura", tem buscado conselhos com o "criador", Lula. Certamente, o índice aumentará ainda mais.
Maurílio Polizello Júnior (Ribeirão Preto, SP)
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A população brasileira é estimada em 204 milhões, e foram às ruas, ao menos 877 mil pessoas em todo o país. Com essa amostragem insatisfeita, é difícil acreditar na "Primeira Página" ("62% reprovam governo Dilma", 18/3). Onde estavam os 62% insatisfeitos? A mídia está brincando com fogo e se esquecendo do que foi a ditadura militar.
Silvana de Campos Barros Souza Moraes (São Paulo, SP)
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A baixa popularidade de Dilma deve-se a erros na economia, a uma oposição péssima (quanto pior, melhor) e ao terrorismo econômico praticado pela mídia.
Geraldo Cunha (José Bonifácio, SP)
Protestos de março
Ao tentar desqualificar a maior manifestação desde a redemocratização do país, Vladimir Safatle reafirma seu totalitarismo ("Impeachment é pouco", "Opinião", 17/3). Para quem acredita que um punhado de vândalos tem direito de depredar a reitoria da USP, é compreensível que movimentos pacíficos causem repugnância. Quem defende o terrorismo como método jamais vai compreender a democracia. Restou-lhe atacar o governador Alckmin no triste papel de funcionário terceirizado do PT, a quem interessa que a sociedade creia que todos chafurdam na mesma lama. Os cidadãos livres sabem que não, e isso Safatle não suporta.
*Cauê Macris,* deputado estadual pelo PSDB (São Paulo, SP)
RESPOSTA DO COLUNISTA VLADIMIR SAFATLE - Não sou eu quem ataca o sr. Alckmin, mas tribunais da Suíça e da França que processam empresas que seu governo contratou mais de uma vez. Por outro lado, é cômico quem participa de manifestação convocada por associações que defendem golpe militar falar em defesa da democracia. Por fim, o mundo do deputado é binário: só existem tucanos e petistas. Fazer o quê?
Diante da linha de forte desconstrução da imagem de Dilma e de seu governo --adotada pela Folha--, o artigo de Vladimir Safatle soa como uma suave ruptura, um estranhamento, um bálsamo que nos causa paz. Há pessoas interpretando os fatos de outra forma. É salutar. Para não se abater pela anemia, a democracia necessita do pulsar da diversidade de opinião e olhares.
Maria Elvira Nóbrega Zelante (Marília, SP)
José Dirceu
Fiquei atônito com a reportagem "Firma de Dirceu ganhou R$ 29 mi em 8 anos" ("Poder", 18/3). Como é que se sentem os petistas que participaram da "vaquinha" para pagar as multas dele no mensalão? Como otários? E que serviços tão bons José Dirceu pôde prestar às empreiteiras durante esses anos todos? Aí tem coisa ruim, se tem.
Radoico Câmara Guimarães (São Paulo, SP)
Mônica Bergamo
Impressionante como Mônica Bergamo foi tendenciosa ("A nossa bandeira jamais será vermelha", "Ilustrada", 17/3). Parece esquecer que quem lhe paga o salário são os que leem o jornal. Ou será que quem o lê e é da classe média, como eu, que trabalho cinco meses do ano só para pagar impostos e emprego 70 pessoas, também faz parte da elite burra?
Celia Mamprim (Tubarão, SC)
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O texto ilustra bem o tipo de público majoritário que invadiu a avenida Paulista para reivindicar um golpe na nossa democracia. Socialites e empresários endinheirados estavam ali somente porque o candidato deles foi derrotado nas eleições. Mais revoltante ainda é ver a herdeira do Itaú empunhando um cartaz "Fora, Dilma" enquanto o seu império bate recorde de lucros.
Carlos Alberto Ramalho (São Paulo, SP)
Pacote anticorrupção
Trinta anos de magistratura fazem-me aplaudir de pé a medida anticorrupção que autoriza o leilão imediato de bens apreendidos, ficando o valor auferido depositado em juízo até o fim do processo ("Governo envia suas propostas anticorrupção ao Congresso", "Poder", 18/3). Um avanço imenso. Seria perfeito se Dilma fizesse um mea-culpa e devolvesse a remuneração que embolsou, durante sete anos, como presidente do Conselho de Administração da Petrobras no período em que a sangria dos cofres da empresa se tornou hemorrágica.
José Dalai Rocha (Belo Horizonte, MG)
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Discurso da presidente anunciando pacote anticorrupção: Blá-blá-blá. Dizer que o seu partido tem compromisso de enfrentar a impunidade e não transige com a corrupção é tripudiar sobre o povo. Seu discurso me convenceu de que nada vai mudar. É mais uma jogada de marketing, como as que convenceram incautos a lhe outorgarem esse imerecido segundo mandato.
Ronaldo Gomes Ferraz (Rio de Janeiro, RJ)
Crítica gastronômica
A coluna de Nina Horta "Inflexível mediocridade" ("Comida", 13/3) foi maravilhosa, digna dos melhores críticos, de Ruth Reichl a Apicius. Com honestidade e humor crítico, deixou sensação térmica de respeito e independência do mercado ao mesmo tempo.
Vitória Taborda (Petrópolis, RJ)