Painel do leitor
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Petrobras
Mais relevante do que o exército de jornalistas, comunicadores e afins na Petrobras será a informação de quanto o tal exército gastou, de que forma consumiu e com quais entes foram gastos o dinheiro da petroleira ("Petrobras quer reduzir time de comunicação", "Mercado", 17/5). Basta começar a puxar o fio de Ariadne dos "comunicadores" da Petrobras e os raros momentos de sono se transformarão em pesadelos de muitos políticos, apaniguados partidários e empresários envolvidos em mais um capítulo da novela petrolão. O buraco é mais profundo.
Fábio Siqueira (Uberaba, MG)
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Excelente o artigo de Bernardo Mello Franco "O bisturi do doutor Moro" ("Opinião", 17/5), principalmente quando cita o americano Trott, que, ainda que defenda as delações, alerta que os "delatores são manipuladores e mentirosos" e ensina a fugir de armadilhas e pistas falsas. Confiemos no doutor Moro, porque a mídia brandiu o bisturi e parece querer matar o paciente.
Juan Yazlle (Ribeirão Preto, SP)
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Janio de Freitas, em sua luta desenfreada para desqualificar a operação Lava Jato e defender seus amigos do PT, comete incongruências infantis ("Prova da falta de prova", "Poder", 17/5). Numa mesma coluna critica a delação premiada, dizendo que sem provas contundentes não valem nada. Logo a seguir criminaliza o governo FHC com base em uma delação premiada. Ou delação premiada só precisa de provas quando é contra o PT?
Eduardo da Rosa Borges (Piracicaba, SP)
Ajuste fiscal
É incrível o "non sense" do governo em relação às aposentadorias privadas ("Cortes devem mirar 'nível de 2013', diz Levy", "Poder", 17/5). Ele utiliza os aposentados como bode expiatório de seus desmandos. O trabalhador que contribuiu com 30 anos ou mais não tem o direito de retorno, ainda mais com o achatamento anual de seus vencimentos? Por que não limitar também os direitos adquiridos dos políticos, tanto na quantidade das aposentadorias, no valor, na idade e na competência de fazerem suas leis diferentes das nossas?
Milton de Vasconcelos (São Paulo, SP)
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Sugestão ao PSDB: apoie e explicite integral e publicamente as propostas do ministro Levy, demonstrando coerência com o acerto e as consequências positivas para o Brasil, mesmo sendo oposição ao atual governo.
Márcio de Moura Castro (Belo Horizonte, MG)
Futebol
O texto do secretário-geral da CBF ("Paixão e rancor", Tendências/Debates, 17/5) mostra que as "autoridades" esportivas seguem imunizadas contra a realidade. Os estádios seguem vazios, a qualidade técnica dos jogos é baixíssima e a desorganização está na ordem do dia. Basta assistir a um jogo da Champions e um do Campeonato Brasileiro para notar que parecem dois esportes distintos.
Ricardo Balistiero (São Bernardo do Campo, SP)
Cracolândia
Mais uma vez a Folha mostra sua parcialidade política contra o PT ("4 em cada 10 desistem de ação anticrack de Haddad", "Cotidiano", 17/5). O programa do prefeito Fernando Haddad para a cracolância tem 60% de resultados positivos (porcentagem muito boa, dificílima de ser alcançada em um problema complicadíssimo), mas o jornal prefere atacá-lo devido aos 40% ainda não solucionados. Lembrou-me do comentarista esportivo que, ao falar dos seis gols de um atacante na vitória de seu time, menosprezou-o por todos terem sido de cabeça.
José Maria Pacheco de Souza (São Paulo, SP)
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Se eu pudesse dar uma sugestão a Marta Suplicy, diria: vá à cracolândia e prometa "Hospital do Crack" para recuperar os viciados, pois lá Haddad está fazendo o contrário. O contingente de dependentes químicos é uma das mais altas expressões de uma política social e de segurança fracassada. De um lado, o Estado não consegue impedir a distribuição das drogas; do outro, a prefeitura há anos não resolve o problema. As cracolândias do Brasil e a internação compulsória precisam ser discutidas com urgência nas instâncias máximas do poder: Câmara, Senado e STF. Essa situação não pode ficar como está.
Devanir Amâncio (São Paulo, SP)
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Apesar de desconhecer detalhes da guerra política nos campos municipal e estadual, pode ser interessante termos experiência em propostas diferentes para abordar o problema. Diante de situações dessa complexidade, muitas vezes necessitamos de muitas cartas na manga.
Guilherme Carvalho (Belo Horizonte, MG)
Efeito placebo
Hélio Schwartsman presta um desserviço ao jornalismo ao destilar sua intolerância na Folha. Seu ataque mais recente foi à homeopatia e à acupuntura, práticas medicinais aplicadas há muitos anos e que já tiveram sua eficácia comprovada, inclusive por "estudos sistemáticos" ("A cura pela expectativa", "Ilustríssima", 17/5). Colunistas não deveriam massacrar quem acredita em pontos de vista diferentes dos seus. Se o nosso paradigma ocidental ainda não conseguiu aceitar que práticas como a acupuntura funcionam independentemente de qualquer efeito placebo, acredito que a culpa não esteja na prática em si, mas no próprio paradigma.
Celso Antonio de Almeida (Guareí, SP)
Animais especiais
Até que enfim um jornal deste porte deu importância aos animais especiais ("#diferentemente especiais", "sãopaulo", 17/5). Aqui em casa, amamos a reportagem. Todos ficaram maravilhados e leram do início ao fim.
Vivian Szwarc (São Paulo, SP)
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O tema dos animais que precisam de ajuda tem sido cada vez mais abordado, e mesmo assim a causa ainda é carente de mídia e atenção. Espero ver mais reportagens brilhantes como essa.
Ricardo Simão (São Paulo, SP)