Painel do leitor
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BNDES
A presidente Dilma vetou a medida que previa o fim do sigilo nas operações do BNDES ("Dilma mantém sigilo de operações do BNDES", "Poder", 23/5). Ela argumentou que a divulgação ampla e irrestrita das informações prejudicaria a competitividade das empresas brasileiras no mercado, mas se esquece que o BNDES deve prestar informações à sociedade. A presidente insiste em manter o BNDES como "caixa preta". Por que será?
Edgard Gobbi (Campinas, SP)
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Mais uma vez o PT dá uma rasteira no dinheiro do povo, ao manter um banco com nosso dinheiro e não nos deixar saber aonde ele vai. O BNDES é nosso.
Sergio Barros Minucci (Santos, SP)
Shopping da Câmara
Tenho refletido muito sobre as ideias políticas do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e o editorial "Shopping parlamentar" ("Opinião", 22/5) me pareceu muito certeiro e sensato. Entristeço-me enormemente ao ver que muitos parlamentares, em especial Cunha, têm uma sede de poder muito maior do que a vontade de construir um projeto claro e consistente de país. Enquanto pessoas assim ocuparem cargos de importância no cenário político, com poder para melhorar ou perpetuar nosso destino de desigualdades, minha esperança de melhorar o Brasil enfraquece.
Clóvis Lasta Waszkiewicz, professor (Porto Alegre, RS)
Haiti
Quero parabenizar Marta Suplicy pelo artigo "O Haiti é aqui" ("Opinião", 22/5). É um absurdo o Brasil ficar incentivando a vinda de gente despreparada e desqualificada ao país. E o pior, doando a nacionalidade brasileira de forma gratuita. A Itália recebeu, em três anos, mais de 550 mil africanos. Como sustentar e arranjar emprego para toda essa gente? Um problema social gravíssimo que nação alguma tem condição de suportar. O Brasil, país com profunda mazela e desigualdade social e em profunda crise econômica, não pode ficar de braços cruzados.
Paulo Roberto da Silva Alves (Rio de Janeiro, RJ)
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A ruindade do governo tem expulsado do Brasil milhares de cidadãos, principalmente jovens. Enquanto isso, desembarcam aqui tantos outros estrangeiros, notadamente haitianos. Uma verdadeira contradição. Se nem o brasileiro consegue sobreviver nessa terra, o que dirá os estrangeiros? Sem uma política séria e coerente, a vida na cidade grande se torna um inferno de Dante.
Yvette Kfouri Abrão (São Paulo, SP)
Terapias alternativas
Em relação à polêmica sobre o artigo "A cura pela expectativa" ("Ilustríssima", 17/5), de Hélio Schwartsman, concordo com tudo o que ele escreveu, mas tenho a mente aberta às discordâncias. Só que, até agora, ninguém que defende práticas alternativas apresenta argumentação e estudos que demonstrem a eficácia dessas terapias, limitando-se a atacar o autor do texto.
Orlando Eishin Yamaguti, médico (São Paulo, SP)
Adoção
A reportagem "País tem 30 mil crianças em abrigos fora da fila de adoção" ("Cotidiano", 23/5) é assunto da maior relevância, particularmente agora, em que se discute a redução da maioridade penal. Embora superficial, o texto mostra claramente o descaso e a ineficiência do Estado e da sociedade na questão do menor "candidato" à marginalidade. A solução é óbvia e barata, basta torná-la prioridade.
Carlos Chiattone (São Paulo, SP)
Violência
Para a leitora Odiléa Mignon uma solução para conter a violência é criar lei que proíba o porte de facas e canivetes (Painel do Leitor, 22/05), mas, mesmo sem armas, de fogo ou brancas, a violência é praticada pelos marginais. Apesar da legislação que restringe armamento de fogo, bandido continua usando fuzil, pistola automática etc., independentemente da lei.
Cesar Augusto Lincoln de Godoy (São Paulo, SP)
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Correta a reportagem sobre a detenção do adolescente acusado de esfaquear e matar o ciclista na lagoa Rodrigo de Freitas ("Polícia do Rio detém adolescente suspeito de esfaquear ciclista", "Cotidiano", 22/5). Reportar os fatos com clareza é o que se espera desses jornalistas. Emitir opiniões sobre as mazelas da condição humana ou da sociedade é para colunistas. E leitores.
Marcio Alvarenga Macedo (Belo Horizonte, MG)
Foie gras
À palavra "egoísta" embuti outra: sobrevivência. A lei da sobrevivência é tão forte quanto a da gravidade. Esta reflexão me veio do artigo de Frank Alarcón "Crianças egoístas", em resposta à pergunta "Prefeitura de SãoPaulo deve sancionar lei que proíbe o comércio de foie gras?" (Tendências/Debates, 23/5).
Carlos José Benati (São Paulo, SP)
Desindustrialização
Por que mentem na TV e nos jornais, mostrando fotos velhas, já que nossas represas estão muito mais cheias do que dizem? A falta de energia desindustrializa e desemprega. A energia nuclear poderia ajudar, se não houver sabotagem. Salve Vargas, Kubitschek e Geisel, que industrializaram a nação. O maior risco que um país pode correr é a desindustrialização, o que fazem agora com o Brasil. O que fazer dos desempregados? Obrigá-los a ir para o campo como simples assalariados? Onde está o emprego industrial de qualidade?
Marli Mira Hoeltgebaum (São Paulo, SP)