Painel do Leitor
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Produtividade
Os principais vilões e responsáveis pela baixa produtividade do brasileiro ("1 trabalhador americano produz como 4 brasileiros", "Mercado", 31/5) são a educação e a falta de tecnologia moderna no país. Enquanto o brasileiro tem, em média, sete anos de estudo, o norte-americano fica 12 anos na escola. Além da falta de tecnologia e de maquinário moderno, temos a burocracia e os altos tributos dinamitando a produtividade e a competitividade das nossas empresas.
Renato Khair (São Paulo, SP)
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As condições de um brasileiro não são iguais às de um norte-americano. Além disso, e mais importante, é preciso saber se um cidadão é criado para ser um mero produtor de bens materiais ou se é para desenvolver suas virtudes ético morais. Qual é a finalidade essencial de um Estado? Ser uma "empresa", tendo um grupo de donos? Gerar lucro por meio do crescimento do PIB ou desenvolver deveres de virtude e de direito em seus cidadãos? Qual é a intenção central de uma reportagem como essa? É por esse motivo que a Folha, a cada dia que passa, cai no meu conceito.
Rodrigo Leme (São Paulo, SP)
Reforma política
A coluna "Radiografia", de André Singer ("Opinião", 30/5), foi perfeita. Reflete uma realidade que pode ser resumida na seguinte constatação: os parlamentares brasileiros não promoverão mudanças que possam sanear o mar de lama em que se transformou o mundo da política neste país. Se não houver uma vigorosa manifestação da sociedade, não vai acontecer nada que possa alterar o quadro atual.
José Elias Aiex Neto (Foz do Iguaçu, PR)
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Concordo com Bernardo Mello Franco ("Triste fim da reeleição", "Opinião", 31/5). Sou simpático ao instrumento da reeleição, que permite uma espécie de referendo a cada quatro anos para saber se o governante foi bem ou não. O uso da máquina administrativa ocorre com ou sem a reeleição, e é paradoxal a forma como os deputados votaram, apesar de ainda caber outras votações que não esconderão surpresas. A grande dúvida é saber se os parlamentarem votaram porque estavam em xeque ou em cheque.
Adilson Roberto Gonçalves (Lorena, SP)
Natação
Parabéns à Folha pela reportagem com o brilhante nadador Felipe Ribeiro, aluno do colégio Santa Cecília ("Felipe, 17, supera tempos de Cielo e desponta para 2016", "Esporte", 31/5). Seu surgimento, e de tantos outros, é fruto de um projeto estruturado, baseado nas práticas de universidades americanas, de investimento em esporte conciliado com o ensino. Felipe é um dos "meninos do Santa": optamos por descobrir talentos e dar condições para que se desenvolvam.
Marcelo Teixeira, pró-reitor administrativo da Universidade Santa Cecília (Santos, SP)
Crise econômica
O comércio está trocando as placas de promoção para as de "passo o ponto". Obrigado, Dilma.
Carlos Gaspar, comerciante (São Paulo, SP)
Corrupção no futebol
Se há um título mundial que pertence --sob todos os pontos de vista-- ao presidente da Fifa, Joseph Blatter, é o de maior cara de pau do mundo. Em plena era das comunicações, conseguirá este homem desafiar sozinho a opinião publica mundial? (Mais) Cartas para a Redação.
José Roberto Whitaker Penteado, presidente da ESPM (São Paulo, SP)
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Com tantos escândalos desvendados e figurões do primeiro escalão da Fifa presos pelo FBI, a CPI pretendida pelo senador Romário (PSB-RJ) tem um grande desafio. Se ao término da investigação todo esse processo terminar em pizza --como sempre--, mais uma vez ficaremos com a fama de país da impunidade.
André Pedreschi Aluisi (Rio Claro, SP)
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Como bem notou Mariliz Pereira Jorge em "É só o começo" ("Esporte", 30/5), Marco Polo Del Nero escafedeu-se com o receio de ver o Sol nascer quadrado na Suíça. É uma luz que se acende nessa escuridão que são os negócios da CBF. "Dar explicações à imprensa", como tentou justificar o cartola, é de fazer rir. Esperamos que nossos políticos se envergonhem da omissão, e que não seja só um susto nos cartolas, mas que revele toda a podridão que sabemos que existe no futebol.
Dorinato Gomes de Lima (Santos, SP)
Violência policial
Em atenção à carta de Rodrigo Nogueira (Painel do Leitor, 31/5), esclarecemos que a PM atuou na manifestação em frente à USP para que o seu impacto fosse o menor possível para os demais cidadãos. Cabe salientar que foi afastado o PM que golpeou uma manifestante e que a ação é exceção na corporação --naquele dia, a Polícia Militar atendeu a 31 manifestações em diferentes pontos do Estado, com o emprego de 1.071 policiais e sem registro de outros problemas. A PM age dentro dos limites da lei. Seu efetivo passa por rigorosa formação, que aborda os princípios de polícia comunitária e direitos humanos.
Lucas Tavares, diretor-executivo de Comunicação e Imprensa da Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)
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Não devemos generalizar, mas a Polícia Militar precisa rever os métodos e trabalhar mais o estado emocional de sua tropa. É inconcebível que um policial desfira um soco numa mulher a ponto de derrubá-la no chão. E não dá para entender qual é ameaça que um repórter fotográfico representa ao exercer a sua função. Mais grave ainda foi a negativa do escrivão de polícia de elaborar o boletim de ocorrência.
Pedro Valentim (Bauru, SP)
USP
Excelente o artigo do professor Francisco Carlos Palomanes Martinho, "A universidade não é uma ágora" (Tendências/Debates, 29/5). Ao comentar o texto, a professora Maria Ester de Freitas (Painel do Leitor, 31/5) faz um complemento: "Acorda, USP, a ditadura acabou!". É preciso menos "riponguice" e mais pesquisa nas universidades públicas. Nós, contribuintes, agradecemos.
Jurcy Querido Moreira (Guaratinguetá, SP)
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