Painel do Leitor
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Pizzolato
A Justiça italiana cometeu um equívoco. Pizzolato não foi julgado por entrar ilegalmente no país com passaporte falso ("Tribunal italiano dá aval à extradição de Pizzolato", "Poder", 5/6). Deveriam puni-lo por isso, deixá-lo na cadeia por alguns meses ou anos e, somente depois, extraditá-lo para que cumpra a sentença do crime cometido no Brasil. Crimes separados, sentenças separadas.
Rodrigo De Filippo (Rio de Janeiro, RJ)
Estatais
Eduardo Cunha e Renan Calheiros têm uma postura fraca ao recuarem em uma questão justa e necessária ("Cunha recua em projeto sobre estatais", "Poder", 5/6). Com este governo esquerdista e populista, seria prudente o Congresso monitorar as nomeações para cargos em estatais. O esquerdismo e a corrupção saem ganhando com o recuo.
Rafael Alberti Cesa (Caxias do Sul, RS)
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Não é de hoje que um presidente da República usa a nomeação de cargos em estatais para agradar partidos políticos ("Dilma nomeia nomes ligados a PSB e PMDB para o conselho de Itaipu", "Poder", 4/6). As indicações para o Conselho de Administração da hidrelétrica de Itaipu são exemplos disso. A falta de meritocracia e de critérios técnicos para o exercício de atividades importantes nas agências reguladores, autarquias e estatais implica uma gestão precária, a exemplo do que ocorreu na Petrobras. O resultado já é conhecido por trabalhadores e empresários e atende pelo nome de "ajuste fiscal".
Willian Martins, publicitário (Guararema, SP)
Segurança pública
O Ministério Público do Estado de São Paulo prossegue em sua luta por introduzir algo de civilização na barbárie brasileira ao lançar o programa "DNA das Armas" ("Números das Armas", "Opinião", 5/6). Como já era previsível, a maioria das armas que mata e fere é fabricada no Brasil, aqui vendida ilegalmente, trafegada e sem controle rigoroso de série. O problema é que o MP paulista comprou uma briga das mais sérias, a partir do inimigo infame da "bancada da bala", como mencionado pelo jornal.
Amadeu R. Garrido de Paula (São Paulo, SP)
Planos de saúde
Se o governo quiser melhorar um pouco sua imagem, bastaria proibir a ANS de autorizar o aumento para os planos de saúde acima da inflação oficial, como o que acabou de ser feito, além de mandar corrigir retroativamente o aumento concedido injustamente nos anos anteriores, também acima da inflação ("ANS autoriza reajuste de 13,55% para planos de saúde", "Cotidiano", 4/6). Cerca de 9 milhões de brasileiros teriam um pequeno motivo para compensar a infelicidade de ter de viver em um país com a economia em frangalhos e onde a corrupção impera sob o olhar complacente da presidente da República.
Ronaldo Gomes Ferraz (Rio de Janeiro, RJ)
Economia
O resultado é sempre desastroso quando, para evitar o que deve ser feito e pretensamente ajudar os mais necessitados, usa-se a desculpa de que economia é política ("É pesadelo sonhar que alta de juros não é indispensável agora", "Alta dos juros atende só ao mercado e sacrifica população", "Mercado", 5/6). De que adiantam pretensos aumentos do salário mínimo, se a inflação vem e come o reajuste? A única forma de ajudar os mais necessitados é com o crescimento da economia e a geração de emprego e renda que não seja corroída pela inflação. Isso se consegue com investimento produtivo, não com aumento de despesa com características inflacionárias.
Luiz Roberto Costa (São Paulo, SP)
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Felizmente para o economista Alexandre Schwartsman encerra-se a polêmica com a professora Leda Paulani. Argumentos como o do colunista da Folha, que diz que evocar o passado é chocante, lhe são desfavoráveis. Além de pueris, dão a perceber que, como muitos economistas que já estiveram no governo, ele sofre da "Síndrome de Simonsen", a mesma que acomete muitos Maílsons Brasil afora e faz com que economistas que sabem tudo quando estão fora do governo esqueçam tudo quando no governo estão. Mais um pouco e ele iria querer que acreditássemos que o "pesadelo dos últimos quatro anos" foi pior do que a bagunça dos quatro últimos anos FHC.
Celso Balloti (Santos, SP)
Terceirização
O professor Ricardo Antunes fala do alto de sua cadeira de titular na Unicamp, de onde não corre o risco de ser demitido e onde sua produtividade nunca é aferida ("Servidão involuntária", Tendências/Debates, 5/6). Seu artigo é a demonstração do divórcio entre a academia e a vida real. A arcaica CLT é mais excludente do que a terceirização, pois impede a entrada de milhões no mercado de trabalho (pelos custos incorridos pelas empresas em admissão e demissão de trabalhadores), enquanto protege "direitos" de alguns empregados.
José Cretella Neto, advogado (São Paulo, SP)
Sexualidade
Marta Suplicy não me representa ("Dia dos Namorados", "Opinião", 5/6). Jamais vou esquecer das insinuações que fez sobre a sexualidade de um oponente à Prefeitura de São Paulo (que ganhou dela) em relação a sua sexualidade, buscando diminuí-lo por isso. Assumo que me deixei enganar por um tempo.
Nelsinho Bertoni (Bady Bassitt, SP)
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Como homossexual, gostaria de expressar minha felicidade em ver o comercial de O Boticário ("Comercial de temática gay vai ao Conar", "Mercado", 4/6). Sonho em ver mais produtos destinados ao público LGBT nos meios de comunicação.
Felipe Storch (Rio Branco, AC)
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