Painel do Leitor
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Brasil em crise
Muito bom o editorial "Última chance" ("Opinião", 13/9) na "Primeira Página" da Folha, demonstrando a situação crítica que o país atravessa e que requer providências urgentes. Equivoca-se, apenas, ao incluir no receituário para enfrentar a crise o sacrifício do contribuinte, aumentando a carga tributária indecente. Devem ser atacados a corrupção e o desperdício de recursos em mordomias, como cartões corporativos e carros oficiais, além da irresponsabilidade fiscal e administrativa generalizada.
Jorge Eluf Neto, presidente da comissão de controle social dos gastos públicos da OAB/SP (São Paulo, SP)
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Não me conformo com a posição antidesenvolvimentista, reacionária e neoliberal que a Folha vem assumindo. O editorial foi um apelo à recessão e à estagnação, resumindo teses surradas e perigosas que levaram muitos países a crises quase incontornáveis –corte de gastos focado em áreas sociais, ataques contra as já minguadas aposentadorias e pensões do INSS, aumento de impostos etc. Nenhuma palavra contra juros extorsivos que o próprio governo fixa para sua dívida (maior gasto de todos), os lucros excessivos de bancos e a desindustrialização do país.
Carlos Frederico Coelho Nogueira (São Paulo, SP)
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Gostei muito do editorial. As sugestões de medidas para sairmos da crise que foram apresentadas percorrem todas as reflexões que eu vinha elencando. Considero essas medidas as mais sensatas. O momento foi tratado com respeito e firmeza.
Valdelena A. Storti Beraldo, aposentada (São Paulo, SP)
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Achei o editorial realmente dramático e exagerado. Existe crise, mas que história é essa de diminuir gastos com saúde e educação? Aumentar impostos? Quem escreveu o editorial, o Alan Greenspan?
Caetano Fenner Oliveira (Caxias do Sul, RS)
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Chocante, duro, realista e oportuno o editorial da Folha. Especialmente para aqueles que ainda não haviam acordado para a nossa triste realidade política/econômica e social.
José Marques (São Paulo, SP)
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Justo e necessário o editorial, pois dá bem o tom da situação terrível em que fomos colocados pela incompetência administrativa e política de Dilma e do PT. Somente discordo, no entanto, de duas coisas: todas as chances já foram dadas a este governo e não há por que dar mais uma e aumentar impostos.
Paulo Boccato (Taquaritinga, SP)
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Discordo totalmente do editorial. Não temos de aceitar o falso fatalismo do aumento de impostos, quando não fomos consultados sobre o perdão de dívidas de países africanos e vultosas somas do Tesouro brasileiro desviadas para obras em Cuba e em outros países "amigos".
*Rogério Medeiros Garcia de Lima,* desembargador (Belo Horizonte, MG)
Judiciário
Parabenizo o ministro Ricardo Lewandowski pelo excelente artigo "Judicatura e dever de recato" (Tendências/ Debates, 13/9). Lewandowski, como professor titular da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, oferece-nos uma verdadeira aula sobre a postura do magistrado. Alguns ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) precisam ler, interpretar e cumprir o belo artigo do ministro.
Cláudio Manoel de Carvalho (Recife, PE)
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Cinismo atroz é o mínimo que se pode dizer do artigo do ministro. Para quem acompanha a vida pública brasileira não é difícil identificar o alvo da "reprimenda". O ministro Lewandowski só se viu alçado à condição de primeiro magistrado do país por contingências legais, não pelos qualificativos próprios de juiz que ele mesmo desfila no escrito como se fosse deles dotado. Loquacidade, exibicionismo, verbosidade e incontinência verbal não se pode atribuir ao ministro. Suas "posturas ideológicas" petistas sempre foram manifestadas "nos autos", dissimuladas de posições jurídicas.
Flávio Rezende Vieira, advogado (Porto Alegre, RS)
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O artigo "Propina e ideologia" ("Cotidiano", 12/9), de Luís Francisco Carvalho Filho, merecia chamada na "Primeira Página". A leitura do texto pode ajudar muitas pessoas que adoram idolatrar justiceiros de toga a perceber que juiz implacável, mesmo que não receba propina, não faz justiça, mas justiçamento. E este significa a morte daquela, seja praticado com armas de fogo ou por meio de sentenças judiciais.
Eduardo Pizarro Carnelós, advogado (São Paulo, SP)
Cinema
No dia da estreia, logo após ter assistido "Que Horas Ela Volta?", de Anna Muylaert e com Regina Casé, no cinema lotado, percebi que, como eu, todos haviam gostado muito do filme. Merecidamente, o Brasil indicou o filme para o Oscar. Só não entendi a classificação da Folha de apenas uma estrela. Sugiro que façam nova avaliação, pois certamente o filme merece três estrelas.
Eduardo Matarazzo Suplicy, secretário municipal de Direitos Humanos (São Paulo, SP)
Uber
A chegada do Uber só acrescenta mais opções de qualidade aos paulistanos ("Em guerra com Uber, táxi oferece de drinque a TV", "Cotidiano", 13/9). É uma concorrência saudável, pois tira os taxistas de sua "zona de conforto". Não é raro vermos taxistas folgados no trânsito, além de oferecerem serviços com carros em péssimas condições.
Rachel Augusta Monteiro Fidelis, estudante (São Paulo, SP)
Pastor Claudio Duarte
O pastor Claudio Duarte ("Cheio de graça", "Mônica Bergamo", 13/9) perdeu a graça ao se referir ao beijo gay de Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg: "Agora eu sei que Corega funciona". Que indelicadeza! Que falta de respeito pelas divas do teatro!
Aralys Borges de Freitas (São Paulo, SP)