Outro lado
Empresas negam participação em cartel para dividir obras na estatal
Citadas em depoimentos do o executivo Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, da Toyo Setal, as empresas GDK, Alumini Engenharia (antiga Alusa), Construcap, Carioca Engenharia e Tomé Engenharia negaram nesta quarta-feira (3) que integrassem um cartel para divisão de obras contratadas pela Petrobras.
Em nota, a GDK disse repudiar a tentativa de envolver a empresa com a Operação Lava Jato e que a acusação de que integraria um "clube de empreiteiras" é "tão inverossímil que pode ser provada com dados financeiros".
"Em 2011, a GDK registrou prejuízo de R$ 96 milhões. Em 2012, foi da ordem de R$ 143 milhões e, em 2013, entrou em recuperação judicial, na qual se encontra até hoje", disse a empresa, que afirma possuir atualmente contratos com a Petrobras que somam R$ 200 milhões, referentes a quatro obras.
A Alumini Engenharia também afirmou repudiar a referência à empresa e disse que os serviços para a Petrobras foram prestados por meio de licitações com regras "claras e rígidas".
"A empresa jamais participou de qualquer clube para combinar preços ou dividir obras e tem absoluta tranquilidade quanto à lisura de sua atuação em todos os trabalhos que executou", afirmou.
Assim como a Alumini Engenharia, a Construcap defendeu que os contratos assinados com a estatal foram originados de processos de licitação regulares, pautados "pela disputa de preços".
"A Construcap consta do cadastro dessa empresa como construtora qualificada e com reconhecida respeitabilidade no mercado", disse.
Segundo a Carioca Engenharia, o nome da empresa foi citado de maneira "leviana" e "despropositada". "A empresa nega veementemente que tenha participado de qualquer operação ilegal."
O presidente da Tomé Engenharia, Carlos Alberto de Oliveira, negou que a empresa tenha participado do referido "clube" e criticou Mendonça Neto, que, segundo ele, "está enlouquecido".
"A Tomé Engenharia nunca foi beneficiada por esse aludido cartel. E tenho como comprovar isso com facilidade", disse o presidente da empresa, de acordo com o qual a companhia está "em vias de fechar as suas portas".
Procuradas, a Skanska e a Fidens não responderam à reportagem da Folha. A Jaraguá não foi localizada.