FHC diz que ajudar petista 'seria salvar o que não deve ser salvo'
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) divulgou nota neste sábado (7) em que rejeita a tese de promover um pacto com aliados da presidente Dilma Rousseff (PT). O tucano diz que "qualquer conversa não pública com o governo pareceria conchavo na tentativa de salvar o que não deve ser salvo".
A nota é uma resposta a reportagem publicada pela Folha neste sábado que mostra que, assediado por governistas, o ex-presidente tem admitido a aliados a hipótese de uma aproximação com a petista, na tentativa de ajudar a achar uma saída para a crise política e econômica do país.
Segundo a Folha apurou, FHC tem se reunido com interlocutores do Planalto e discutido os efeitos da Operação Lava Jato. Em sua resposta, o tucano diz que "o momento não é para a busca de aproximações com o governo, mas sim com o povo. Este quer antes de mais nada que se passe a limpo o caso do Petrolão".
O ex-presidente diz ainda que "cabe sim que as forças sociais, econômicas e políticas se organizem e dialoguem sobre como corrigir os desmandos do lulo-petismo que levaram o país à crise moral e a economia à recessão."
O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) também emitiu nota sobre o assunto e chamou de "delírio sem qualquer fundamento na realidade" a tese de um acordo pela governabilidade de Dilma.
"A condição para tirar o Brasil da crise é tirar o PT do poder", afirmou.