Tucano defende PM e diz que houve 'reação natural'
O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), defendeu a ação da Polícia Militar, que entrou em confronto com manifestantes em frente à Assembleia nesta quarta-feira (29).
À Folha Richa disse que quem agiu com "truculência'' não foi a polícia, mas os black blocs identificados pelo governo.
Deputados votaram no Legislativo, a portas fechadas, um projeto do governo estadual que modifica a previdência dos servidores do Estado, que são contrários à proposta e foram protestar.
Ao menos 170 manifestantes se feriram em confronto com a polícia.
Segundo Richa, há vídeos que mostram mochilas contendo pedras sendo arremessadas nos policiais militares.
"Partiram para cima com as grades de contenção e estavam preparando coquetel molotov quando foram detidos'', afirmou o tucano. "Tem 20 policiais feridos.''
Para o governador, a polícia militar teve "uma reação natural da proteção da vida e revidou".
Ao responder se houve violência policial --uma das orientações à corporação era usar o cassetete quando necessário--, o tucano admitiu o uso de spray de pimenta para "contenção da massa".
"Tem que analisar melhor as cenas", disse Richa.
"Mas o relato que recebo da Segurança Pública é que não houve violência, só contenção da massa que vinha para cima deles tentando invadir a Assembleia, principalmente com spray de pimenta e gás de efeito moral."
Ele acusou o PT e a CUT de inflar manifestantes ligados a sindicatos.
"O pessoal do PT, alguns do PMDB, PSOL e PSTU, claro que instigaram. A CUT tem presença forte aqui'', atacou.