Outro Lado
Ministros não falam sobre gratificação, e órgão não revela estimativa de custos
O presidente do CJF (Conselho da Justiça Federal), ministro Francisco Falcão, e o relator da resolução que concedeu a gratificação por acúmulo de função, Herman Benjamin, recusaram-se a conceder entrevista.
Em nota, o CJF disse que não forneceria a estimativa de custo e de magistrados que poderiam receber a gratificação --informações que deveriam ser públicas.
"Essas respostas podem ser obtidas diretamente com os Tribunais Regionais Federais, já que o montante será pago por eles. O mesmo vale para o questionamento sobre o quantitativo de juízes", informou.
O TRF-3 (SP e MS) também não repassou dados: "O CJF, pode lhe passar as informações solicitadas. Não há nenhuma coberta por sigilo".
O TRF-4 (RS, SC e PR) e o TRF-2 (RJ e ES) foram os únicos a informar dados. No Sul, 329 dos 401 magistrados da região (82%) devem receber a gratificação --despesa bruta de R$ 15 milhões por ano.
Nove em cada dez juízes federais e desembargadores do Rio e do Espírito Santo vão receber o bônus (271 magistrados), gasto que deve alcançar cerca os R$ 10 milhões anuais.
Com jurisdição de 12 Estados do Centro-Oeste, Norte e Nordeste, o TRF-1 disse que ainda não tinha como calcular o número de magistrados e o custo com a gratificação.
O TRF-5 informou somente que "uma boa parte dos magistrados fará jus à gratificação" porque existem cerca de cem vagas em aberto nos Estados de AL, CE, PB, PE, RN e SE.