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PSB só deixará governo em 2014, diz prefeito

Aliado de Campos, Geraldo Julio alega que candidatura vai depender do cenário político

FERNANDO RODRIGUES DE BRASÍLIA

O prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), disse que seu partido deverá entregar todos os cargos que têm no governo Dilma Rousseff se o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, acabar mesmo se lançando candidato à Presidência em 2014.

A declaração feita em entrevista à Folha e ao UOL, anteontem. Geraldo Julio fez, porém, muitas ressalvas sobre a consolidação da candidatura de Eduardo Campos, que é o presidente do PSB e um aliado histórico do PT.

O prefeito do Recife repetiu com muita ênfase o discurso de seu padrinho político: "A antecipação do debate eleitoral para este ano é inadequada. [...] Nós deveríamos fazer esse debate em 2014, no ano da eleição".

Geraldo Julio é uma criação política de Campos, que o lançou na vida política com sucesso em 2012. Quando o prefeito da capital pernambucana fala algo, entende-se no meio político que tudo foi combinado antes com o governador. As declarações expressam o tom desejado do chefe do PSB para 2014.

Enquanto deputados federais, senadores e aliados em geral de Campos têm declarado que a sua candidatura ao Planalto é inevitável, o prefeito do Recife adota um tom mais cauteloso.

Mas e na hipótese de Eduardo Campos se lançar candidato a presidente, o PSB sai do governo? "Sim. [Vale] não só para o PSB. Para qualquer candidatura", responde Geraldo Júlio. Quando será o momento? "Acho que isso depende do cenário político, do cenário econômico, de como o país esteja andando. Eu acho que essas coisas não têm data marcada."

Embora a intenção real de Campos seja ser candidato ao Planalto, a decisão pública só deve ser anunciada em março ou abril do ano que vem. Foi nesse mesmo período, em 2010, que o PSB decidiu retirar a pré-candidatura presidencial de Ciro Gomes para declarar depois apoio ao PT e a Dilma Rousseff.

Geraldo Julio não vocaliza todos esses prazos, mas dá a entender que agora o partido ficará apenas na retórica, sem tomar decisões concretas.

"É porque eu não colocaria a coisa como se já estivesse posta. A candidatura já existe ou está definido que ela vai existir. Eu não colocaria as coisas assim", declara o prefeito do Recife -que chega a sugerir na entrevista que os deputados e senadores de seu partido cometem um erro ao falar como se a candidatura de Eduardo Campos já estivesse definida.


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